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sábado, 3 de agosto de 2024

PERNAS DE GINASTA: ESPECIALISTA INDICA CINCO EXERCÍCIOS PARA TONIFICAR A REGIÃO

 “Não é inatingível, com foco, respeito e autoconhecimento, as coxas e glúteos torneados estão mais próximos do que você imagina”, disse a fisioterapeuta e especialista em membros inferiores Raquel Silvério.

 

Terça-feira (30) foi dia de fazer história nas Olimpíadas de Paris e o que antes era apenas um sonho para muitas lendas do esporte, se tornou, finalmente, realidade. O Brasil alcançou o maior feito da ginástica artística depois de conquistar o bronze na final por equipes femininas, mas não só isso encantou ao público, as lindas pernas tonificadas das atletas da seleção feminina também foram alvos de muito elogio por parte do público. 

A inspiração é quase inevitável, mas, para trilhar o caminho até a saúde visível das pernas como as das atletas, Raquel Silvério que é fisioterapeuta e Diretora Clínica do Instituto Trata de Guarulhos, revela: “Não é fácil e vai demandar boas e longas séries”.

 

Por que essa demora acontece? 

Tonificar os músculos, ou seja, aumentar a definição e reduzir a massa gorda corporal, pode demorar e demandar uma frequência de treino por várias razões. “O corpo precisa de tempo para se adaptar ao estímulo de exercício e, além disso, os músculos também necessitam de tempo para se recuperar e de repetições para crescer”, explica a fisioterapeuta. Raquel ainda diz que fatores genéticos também influenciam a rapidez com que os exercícios cumprem com o esperado. 

“Via de regra, os resultados visíveis exigem um treino consistente e, nesse sentido, treinar irregularmente ou mudar frequentemente o programa de exercícios pode vir de contra mão e atrasar os resultados esperados”, diz a especialista.

 

Então, é possível começar a busca pelas coxas tonificadas mesmo fora da academia? 

Sabendo que, no Brasil, apenas 21% da população tem acesso à uma academia, segundo dados coletados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Raquel deu algumas dicas de exercícios para as coxas que podem ser feitos em casa e ainda disse que “o importante é não deixar de fazer”. Veja abaixo:

 

  • Agachamento livre

Um dos exercícios preferidos das atletas, o agachamento trabalha diferentes articulações ao mesmo tempo, a execução é bem simples: Dobre os joelhos, jogando os quadris para trás, abaixando o quanto conseguir. “É importante ter cuidado para manter os joelhos alinhados e apontados para frente”, alerta Raquel para prevenir lesões durante os movimentos. Segurar algum peso junto ao corpo, ou em direção ao chão, pode contribuir também com o exercício.

 

  • Caminhada lateral

Com um elástico ao redor das coxas, dobre os joelhos e caminhe para os lados. Cinco passos para cada lado, por três séries, cuidando para não deixar os joelhos desalinhados para dentro, ajuda tanto para os glúteos quanto para as coxas.

 

  • Afundo

Outro queridinho das ginastas, o exercício é feito com uma das pernas à frente e a outra atrás. Enquanto a da frente se flexiona, a de trás serve para dar equilíbrio ao corpo, trabalhando o tempo todo a musculatura do posterior da coxa.

 

  • Panturrilha no degrau

Um dos melhores exercícios para a panturrilha e pernas é bem simples e se baseia em subir na ponta do pé, estando na beirada de um degrau, um pé de cada vez e respeitando, sempre, o seu limite.

 

  • Agachamento búlgaro

Bem parecido com o agachamento convencional, este exercício é feito com a perna de trás apoiada em algum objeto elevado, como uma cadeira, o sofá, a cama, mesa de centro ou até mesmo no banco da praça. “Bastante flexível, este formato de agachamento dispensa peso extra, já que tendo a perna de trás flexionada e apoiada em um outro objeto já eleva o nível de dificuldade da execução, exige mais da musculatura e requer mais equilíbrio”, aponta a fisioterapeuta.

 

“Cuidar do seu corpo, praticando exercícios físico, o respeitando, deixando-o respirar entre um treino e outro, uma lesão e outra, sem pressa, com certeza te trará mais benefícios do que atropelá-lo pela cega vontade de deixá-lo com os músculos aparentes. Lembre-se, cada pessoa é uma pessoa e cada corpo é um corpo”, finaliza Raquel.

 

Raquel Silvério - Fisioterapeuta e Diretora Clínica do Instituto Trata, a profissional possui especialização em fisioterapia músculo esquelética pela Santa Casa de São Paulo, além de formação em terapia manual ortopédica nos conceitos Maitland e Mulligan e forte experiência em tratamentos da coluna vertebral.


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