Aplicação de
procedimentos estéticos com naturalidade foi tema de live promovida pela SBD-RSCanva
A Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção do
Rio Grande do Sul (SBD-RS) realizou, na última quinta-feira (01/08), mais uma
edição do “Hora D”, abordando o tema “Saúde e beleza com naturalidade e sem
exageros, é possível?’’. A iniciativa ocorreu de forma online nas redes
sociais da entidade, contando com a participação das dermatologistas Valéria
Rossato e Paula Schiavon, que trataram sobre os principais tratamentos
estéticos executados atualmente.Valéria Rossato iniciou a conversa relatando a
necessidade de buscar especialistas com registro profissional, para garantir
que o serviço seja feito da maneira correta e para que o paciente obtenha um
bom resultado.
“Sempre na hora de procurar alguém, é relevante
verificar se o profissional tem CRM, se é um médico de fato e se ele tem o
Registro de Qualificação de Especialidade (RQE), que é o código de especialista
em dermatologia’’, afirma.
A dermatologista também destacou que o médico deve
escutar as queixas do paciente e a partir disso concluir qual a melhor forma de
tratamento, sem necessariamente aderir ao procedimento estético inicialmente
solicitado pelo paciente.
“Precisamos escutar as queixas, fazer uma anamnese,
e então direcionar nossas indicações, mas muitas vezes não realizando o
procedimento que o paciente imaginou que faria. Um exemplo é a olheira, muitos
querem fazer o preenchimento e eu geralmente oriento outros tratamentos, como
tratar a flacidez, os vasos, o depósito de melanina na região, porque um
preenchimento pode não resolver. Por isso é fundamental não só escutar a
queixa, mas saber direcionar e solucionar o problema de forma mais efetiva”,
pontua Valéria.
Além disso, Paula Schiavon alertou para o cuidado
com promoções, que podem indicar a falta de qualidade profissional.
“Alguns sinais que indicam ser uma armadilha são
promoções e campanhas de procedimentos que parece que servem para todos, assim
como especialistas que dizem que não dói nada, que não tem contraindicação e
que não existe nenhum problema e nenhum efeito colateral”, relata.
Um dos tratamentos mais comuns, atualmente, é o
preenchimento de ácido hialurônico, utilizado para dar volume em partes caídas
do rosto, mas que é muito utilizado para tratar a flacidez.
“Foi feita muita divulgação e a utilização de forma
errada, porque os preenchedores de ácido hialurônico não estimulam colágeno,
não melhoram a flacidez, é apenas uma falsa melhora. O preenchedor é um
gel, um produto que oferece volume em áreas específicas e isso é bom, mas não
podemos utilizar somente isso, a gente precisa estimular colágeno também’’,
destaca Valéria.
No tratamento de flacidez, estão presentes os
bioestimuladores, que produzem colágeno, proporcionando um efeito natural e com
a possibilidade de ser aplicado em diversos locais do rosto e também no
corpo.
“Os bioestimuladores geram resultados naturais, que
também são resultados leves, sendo utilizado para mínimos defeitos e para um
envelhecimento natural, evitando que o envelhecimento cause expressões de
tristeza e de cansaço. Tudo isso irá melhorar e frear o processo de
envelhecimento”, pontua Paula.
A dermatologista também ressalta que o resultado
demora cerca de três meses para aparecer.
A toxina botulínica, ou Botox, também foi um dos
tratamentos citados, promovendo a paralisação ou a diminuição da força dos
músculos, para impedir o surgimento de rugas.
“A aplicação do Botox vem caminhando cada vez para
resultados menos paralisantes e mais controladores do movimento. Antigamente a
gente fazia da mesma forma em todas as pessoas, mas isso mudou e hoje
conseguimos levantar a sobrancelha só de quem precisa, ou levantar a testa só
de quem precisa’’, afirma Paula.
A utilização de novas tecnologias, como lasers,
também se torna cada vez mais comum, sendo realizado com máquinas que produzem
disparos em pontos específicos da pele, deixando-a mais lisa.
“Sugiro o uso de laser para tratar sinais indiretos
da idade, ajudando no rejuvenescimento natural, nas manchas, nos vasos
dilatados e nos poros mais abertos”, relata Valéria.
Assim, as dermatologistas ressaltam a importância
do cuidado em procurar especialistas qualificados e informações confiáveis,
para que os procedimentos não sejam feitos de forma exagerada e não ofereçam
riscos à saúde do paciente.
“A informação precisa estar na internet, porque a
desinformação já está”, pontua Paula.
Gabriela Dalmas
Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD)
Redação: PlayPress Assessoria e Conteúdo
Revisão: Dra. Valéria Rossato
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