Aliar o preço reduzido com boa
qualidade de produto é um dos fatores que mantêm as marcas próprias
competitivas Freepik
A última edição do estudo EY
Future Consumer Index investigou as tendências para este ano e aprofundou os
movimentos que podem ser feitos pelos varejistas para ganhar terreno em um
ambiente caracterizado pela volatilidade. Confira quatro pontos para ganhar
eficiência no varejo:
1 -
Investimento para fortalecimento e reforço de diferenciais da marca
É essencial que a comunicação
do produto seja orientada para o perfil do cliente atual e potencial da forma
mais precisa possível. Afinal, há quem seja mais sensível a preço e quem opte
pela qualidade e inovação.
A segmentação de conteúdo a
partir de faixa etária, gênero ou classe social é um dos recursos que podem ser
utilizados com o apoio da inteligência artificial. Existem grupos mais
sensíveis a preço e é para eles que deverá ser voltado o foco em comunicar suas
ofertas. Em contrapartida, há segmentos que buscam inovação e qualidade, entre
outras características, e, para esse público, o foco é deixar claro os
benefícios dos produtos – tanto na própria embalagem quanto em outras
comunicações.
O consumidor pode avaliar sua
compra sob duas perspectivas. A do custo-benefício: quando o desembolso naquele
momento não é uma barreira, e a prioridade é levar mais por menos, por exemplo,
embalagens maiores com relação entre custo/volume mais vantajosa.
E a do desembolso: quando o
desembolso do consumidor é uma barreira, permitindo que ele leve somente a
opção que cabe no seu orçamento, como embalagens menores e mais baratas, mesmo
que a relação entre custo/volume seja menos vantajosa.
Dessa forma, acontece um
movimento de ampulheta, ou seja, ou o consumidor gasta mais e tem uma relação
custo/volume melhor, ou gasta menos e tem uma relação custo/volume menos
vantajosa.
2)
Sustentabilidade como parte do DNA da empresa
Os consumidores querem ver a
sustentabilidade como parte do negócio, e não apenas na embalagem de um produto
ou no relatório anual para investidores. Inclusive, estão dispostos a pagar
mais por isso. As empresas devem se adaptar com produtos e políticas empresariais
baseados em tendências de mercado em sustentabilidade – pesquisas mostram que o
consumidor está disposto a pagar até 20% a mais para ter um item
sustentável/saudável. Porém, políticas devem de fato alterar a visão do negócio
e as atitudes empresariais e não ser levadas apenas pelas aparências.
3)
Soluções tecnológicas para criação de valor
A criação de valor se conecta
na agenda de ganho de eficiência e redução de custos porque o value
creation pode promover melhora de inventory management e
de cash flow – em geral, uma melhora das grandes linhas do
P&L. Esses ganhos permitem o investimento em outras áreas que o consumidor
está pedindo.
A criação de valor vem do que
já existe de capacidade instalada, como manejo de estoque e contrato com o
fornecedor, para que ocorra ganho de eficiência e, como consequência, de
margem.
4) Adoção
de estratégias de diferenciação a partir do que os clientes desejam
Entender quem são seus clientes
(e clientes potenciais), assim como seus concorrentes, é fundamental para
identificar pontos de diferenciação interessantes. Nesse aspecto, a empresa
deve gerar identificação e engajamento com o seu público a partir dos atributos
desejados por ele. Algumas possibilidades para o varejo são:
- Loja como experiência: traz
ganho de escala e aproxima a marca do consumidor, permitindo que ele mergulhe
no universo da marca;
- Loja como hub de
distribuição: favorece a estratégia de quick commerce (entrega
em até 15 minutos, por exemplo), já que a loja está mais próxima do consumidor;
- Repensar a estratégia
para private labels a fim de alinhar seu posicionamento ao
foco do seu público-alvo.
Além disso, buscar alternativas
para garantir custo-benefício é imperativo para grandes varejistas – aliar o preço
reduzido com boa qualidade de produto no private label é um
dos fatores que mantêm as marcas próprias competitivas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário