Não é apenas a baixa ingestão de água que pode acarretar problemas renais, nefrologista explica como situações cotidianas podem desencadear quadros mais graves
Responsáveis
por remover os resíduos e o excesso de água do organismo, os rins cumprem
funções vitais e merecem atenção no check-up médico anual como forma de
prevenção de lesões renais, que muitas vezes são identificadas em fases já
avançadas.
Segundo
estimativa da Organização Internacional World Kidney Day, 10% da população
mundial (850 milhões de pessoas) tem alguma doença renal crônica (DRC)[i],
caracterizada por ser uma lesão com perda progressiva e irreversível da função
dos rins.
Para
manter o corpo livre de toxinas, os rins precisam de alguns cuidados, e até
mesmo algumas mudanças de hábitos. A maneira que lidamos com a nossa rotina
pode afetar diretamente a nossa função renal, como a baixa ingestão de água,
que pode acumular solutos e formar cristais, que posteriormente resultam em
cálculos renais, assim como o excesso de sal na alimentação, que sobrecarrega
os rins e eleva a pressão sanguínea.
O
controle do nível de açúcar no sangue (glicemia) e o monitoramento da pressão
arterial são fundamentais, assim como a prática regular de exercícios físicos
que auxiliam a manter o peso ideal, uma vez que a diabetes, hipertensão e
obesidade são apontadas como fatores de risco importantes para o
desenvolvimento da DRC.
Abandonar
o cigarro se configura como um dos principais passos para cuidar dos rins. “O
tabagismo representa um fator de risco relevante para doença renal crônica,
além de estar relacionado a diversas enfermidades”, explica o Dr. Bruno
Zawadzki, diretor médico da DaVita, a maior rede de tratamento renal do país.
“Isso acontece porque os agentes químicos absorvidos chegam aos rins por meio
da corrente sanguínea”.
O
diretor médico destaca que o mesmo acontece com o exagero no consumo de bebidas
alcoólicas. “O álcool leva toxinas e componentes agressivos para os rins e
fígado, pode causar hipertensão e evoluir para um problema renal”, completa
Zawadzki.
Outro
fator capaz de prejudicar a saúde dos rins é o uso de medicações de forma
indiscriminada, especialmente sem recomendação médica.
Zawadzki
também chama atenção para o ato de segurar a urina por muito tempo, pois quando
a capacidade de armazenamento da bexiga atinge um certo volume, o organismo
cria alertas ao sistema nervoso. “Segurar a urina pode provocar infecção
urinária e até favorecer o surgimento de pedra nos rins”, completa o
especialista.
Diante
de sintomas como alteração na cor e no cheiro da urina, insônia e presença de
espuma na urina é importante consultar um nefrologista. Os pacientes com comorbidades
devem realizar anualmente o exame de creatinina e verificar se existe perda de
proteína na urina.
DaVita Tratamento Renal
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