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segunda-feira, 15 de abril de 2024

“Dor muscular” pós-treino é sinônimo de melhores resultados?

 Apesar de ser uma dúvida comum, especialistas indicam que a “dor muscular” não está necessariamente relacionada à intensidade do treino.

 

A “dor” que algumas pessoas relatam após o treino físico é um tema recorrente entre frequentadores de academia, pois é geralmente associada a sensação de sucesso no exercício. No entanto, estudos demonstram que a maioria das lesões relacionadas ao esporte são contusões, luxações ou estiramentos, e não necessariamente estão relacionadas à intensidade do treinamento.  

“O desconforto muscular de início tardio pós-exercício, também chamado popularmente de “dor muscular” pela grande maioria dos praticantes, é resultado de um processo inflamatório desencadeado pela sobrecarga mecânica nos músculos. Esse desconforto pode surgir algumas horas após o exercício físico e atingir sua intensidade máxima entre 24 e 72 horas depois, persistindo por até uma semana. Contudo, é importante destacar que sentir desconforto na musculatura não necessariamente indica que o treino foi bem-sucedido”, aponta Felipe Kutianski, especialista em fisiologia do exercício e fundador da plataforma de treinos Onbody. 

De acordo com o educador físico, a musculatura do corpo humano trabalha por adaptações gradativas, o que tende a ofertar uma melhora do tônus muscular e também da eficiência funcional. Ou seja, à longo prazo, é comum sentir menos desconforto após o treino, mas isso não significa que o exercício não esteja gerando resultado – bem pelo contrário, pode ser que o treino esteja sendo muito mais efetivo! 

“Há algumas evidências científicas que apontam para um melhor resultado no aumento de ganho muscular nos treinos sem dores, principalmente de característica metabólica. Ainda assim, é importante analisar caso a caso”, alerta. “Para iniciantes, essa falta de desconforto muscular pode também ser um indicativo de que está no momento de ajustar as cargas, aumentar a intensidade e/ou frequência dos treinos”, destaca.

Já quando se trata de lesões, podemos classifica-las em leves, moderadas e graves, dependendo dos sintomas apresentados. "É preciso entender que existe uma classificação para determinar os graus de lesões, ou seja, não é indicado sair tomando remédios (relaxante muscular) para desconforto muscular sem saber ao certo com seu médico o que ocorreu", enfatiza Felipe Kutianski.

 

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