Freepik
Posicionado como o oitavo câncer mais prevalente em homens no mundo, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de esôfago acomete principalmente pacientes tabagistas e ou etilistas. Ele se desenvolve no tecido do órgão, que é o tubo muscular longo que conecta a garganta ao estômago e geralmente inicia nas células que revestem seu interior.
Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), 11 mil
pacientes são diagnosticados com câncer de esôfago no Brasil por ano. Apesar de
mais raro, o adenocarcinoma (AC) vem aumentando significativamente em
frequência nas últimas décadas na população ocidental, devido ao aumento da
prevalência da obesidade e da doença do refluxo gastroesofagiano.
“O consumo de bebidas muito quentes e condições genéticas
específicas como a tilose também aumentam o risco do desenvolvimento desse tipo
de câncer. Nos últimos anos, a obesidade associada a refluxo gastroesofágico
crônico também tem sido atribuída a fator causal, sobretudo de tumores de
junção esofago-gastrica”, afirma o Dr. Thiago Assunção, oncologista
especializado em câncer de esôfago do Instituto Paulista de Cancerologia (IPC).
Ainda, o médico diz que os principais sintomas dessa neoplasia são
a dificuldade de engolir (disfagia), sobretudo a alimentos sólidos, dor
retroesternal (atrás do osso do meio do peito), dor torácica, sensação de
obstrução à passagem do alimento, náuseas, vômitos e perda do apetite. Além
disso, a perda de peso não intencional é outro sinal de alarme para esse tipo
de câncer.
“Caso esses sintomas se tornem recorrentes, é preciso ir ao médico. O diagnóstico será feito por meio da história clínica, exames de imagem, endoscopia digestiva alta, biópsia e alguns testes adicionais, a depender do caso”, comenta o Dr. Assunção.
Diagnosticado o câncer de esôfago, os tratamentos dependerão do
estadiamento da doença, localização do tumor e subtipo histológico. Isso pode
contemplar quimioterapia, quimioterapia concomitante à radioterapia ou mesmo
cirurgia já ao diagnóstico.
“Quanto mais precoce o diagnóstico, maiores as chances de cura”,
alerta. “Nos últimos anos tivemos importantes dados quanto ao acréscimo de
imunoterapia ao tratamento desse tipo de tumor, seja no cenário metastático ou
mesmo no cenário adjuvante (pós-cirurgia) com ganho inclusive de sobrevida para
os pacientes”, finaliza o oncologista do IPC.
Instituto Paulista de Cancerologia (IPC)
Nenhum comentário:
Postar um comentário