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segunda-feira, 8 de abril de 2024

Diagnóstico tardio é um dos principais desafios para o enfrentamento do câncer no Brasil, alertam oncologistas

Para 31% dos participantes do Censo SBOC da Oncologia Clínica, o atraso no diagnóstico é um dos principais problemas para o controle da doença no país

 

No Dia Mundial de Luta Contra o Câncer, 8 de abril, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) faz um alerta sobre a importância do diagnóstico precoce para o enfrentamento da doença. De acordo com dados do Censo SBOC da Oncologia Clínica, realizado em parceria com o Instituto Datafolha com mais de 760 oncologistas clínicos de todas as regiões do país, 31% dos especialistas entrevistados consideram o diagnóstico tardio como um dos principais problemas para o controle do câncer no Brasil. 

Ainda de acordo com o Censo SBOC, 19% dos oncologistas apontaram falhas no acesso e qualidade dos exames de detecção e controle do câncer, 5% queixaram-se da falta de campanhas ou programas eficientes de conscientização e prevenção, assim como da baixa adesão da população aos programas de prevenção e tratamento já existentes. O maior problema apontado pela pesquisa realizada no ano passado foi a dificuldade de acesso a novos tratamentos oncológicos. 

“Com o primeiro Censo SBOC, conseguimos extrair dos profissionais que atendem diariamente pacientes com câncer aquilo que eles consideram como maiores desafios na profissão”, explica a Presidente da SBOC, Dra. Anelisa Coutinho. “A partir dessas informações, a SBOC tem buscado ampliar parcerias para auxiliar o governo e demais tomadores de decisão em diferentes ações voltadas ao acesso a novas terapias. Em nossos eventos e canais de comunicação com a sociedade, também temos promovido diferentes ações de conscientização e prevenção do câncer”, acrescenta. 

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), estão previstos para o país cerca de 700 mil novos casos de câncer por ano no triênio 2023-2025, sendo o câncer de mama (10,5%) e o de próstata (10,2%) os mais incidentes, excluindo o câncer de pele não melanoma. Além da adesão da população em ações preventivas, a adoção de políticas públicas é importante para garantir ao paciente o acesso à saúde.


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