Shalimar Mattar, professora e pesquisadora
Foto: Jay Fotografia
O
famoso dito popular “quem dança seus males espanta” faz todo o sentido
no combate à depressão. A dança do ventre, por exemplo, conduz a mulher pelo
caminho do autoconhecimento, ampliando a consciência de si mesma e
consequentemente contribuindo com a elevação da autoestima e da confiança. Traz
também diversos benefícios à saúde, por trabalhar todas as partes do corpo, da
ponta dos pés ao topo da cabeça, o que exige um bom trabalho postural e de
equilíbrio.
Segundo
Shalimar Mattar, pesquisadora de danças do feminino e autora do livro ‘Círculo
Mulher - O Movimento do Feminino ao Longo da Vida’, aos poucos a mulher
que pratica a dança do ventre se redescobre ou se reconecta com o seu poder
interior, com a sua energia, e assim aprende a melhor maneira de permitir que
essas descobertas passem a conduzir sua vida desse momento em diante.
“A dança do ventre também massageia os órgãos internos e colabora com a coordenação e agilidade. Atua no desenvolvimento dos sentidos, fortalece a feminilidade e combate o stress. Além disso, as aulas são, na maioria das vezes, em grupos, o que possibilita um convívio social com mulheres que buscam os mesmos objetivos. Desta forma, todas se sentem livres para exteriorizar seus sentimentos e pensamentos, e se entregam às aulas, proporcionando mais alegria e satisfação”, diz a especialista, que dirige o Estúdio Shalimar Danças em São Paulo.
O acolhimento de quem pretende dançar para se livrar da depressão acontece já no primeiro dia de aula. “Sempre com muito carinho e respeito pela individualidade. Os grupos valorizam as características pessoais e objetivos de cada aluna. Em uma mesma sala de aula você pode ter alunas com as mais diferentes características, mas todas são mulheres em busca da felicidade e equilíbrio interior - e esse é o foco!”, esclarece Shalimar, que é professora, coreógrafa e bailarina de dança do ventre há mais de 25 anos.
De acordo com a professora, devido a depressão ser um mal do século, é cada vez mais comum pacientes em tratamento clínico buscarem essa dança como aliada para ajudar na cura da doença. “Recebemos mulheres na escola com essa indicação, e o mais interessante é que a maioria quer continuar praticando mesmo após superarem a depressão”, explica.
E se engana que a dança do ventre é mais procurada só por mulheres mais novas. Qualquer pessoa que esteja em boas condições de saúde e com liberação médica, pode praticar independentemente da idade. A prática é altamente recomendada na terceira idade e a busca desse público por aulas é crescente.
Já
as mulheres mais tímidas e que se sentem inseguras com o corpo, não tem
desculpa para deixar de praticar, pois podem escolher os figurinos que mais
combinam com o seu estilo. “A dança do ventre, provavelmente, é um dos
estilos de dança que possui a maior variedade de modelos de figurinos e
acessórios. Caso a mulher não queira mostrar as pernas, ela pode dançar com
saia longa e fechada. Quer esconder os braços? Também pode cobrir com enfeites,
mangas e luvas longas. Não quer decotes? Ok.
Quer cobrir a barriga? Também tem alternativa. Enfim, é uma dança extremamente
rica e muito democrática. Pode usar calças, macacão, camiseta, top, o que
preferir”, finaliza Shalimar.
http://www.shalimardancas.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário