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quarta-feira, 20 de março de 2024

Tuberculose tem cura mas tratamento não pode ser abreviado


O alerta é do Seconci-SP, por ocasião do Dia Mundial de Combate a essa doença

 

A tuberculose, embora seja uma doença fatal se não for tratada, tem cura e toda a medicação é cedida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Mas é muito importante que o paciente afetado mantenha o tratamento por todos os seis meses de sua duração e não o abandone antes deste período.

Esta é a mensagem da dra. Marice Ashidani, pneumologista do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), por ocasião do Dia Mundial de Combate à Tuberculose (24 de março).

“Os pacientes melhoram normalmente antes dos seis meses e por isso muitos acabam interrompendo o tratamento. Mas o bacilo que causa a doença não é eliminado definitivamente, pode criar resistência, tornando a medicação sem efeito e transformando o paciente em um doente crônico”, explica.

De acordo com o Ministério da Saúde, 10 milhões de pessoas contraem tuberculose no mundo e 1 milhão vai a óbito. No Brasil, 70 mil ficam doentes e 4.500 morrem a cada ano.


Doença contagiosa

De acordo com a dra. Marice, “a tuberculose é uma doença infectocontagiosa, que afeta principalmente os pulmões, e pode acometer outros órgãos, como olhos, ossos e rins. É transmitida de pessoa para pessoa pela secreção respiratória contaminada pelo bacilo de Koch, presente na tosse, no espirro e nas gotículas de saliva expelidas pela fala, que podem ser inaladas pelos contactantes”.

A pneumologista explica que outras condições contribuem para a tuberculose, como situação de pobreza, alimentação precária e falta de um diagnóstico rápido. Também são suscetíveis a contrair a doença pacientes diabéticos, alcoólatras e imunodeprimidos, como os portadores de HIV, pessoas em tratamento de câncer, os que fazem uso de medicações com corticoides por períodos prolongados e os renais crônicos.

Os sintomas mais comuns são tosse persistente por mais de três semanas, febre baixa e vespertina, sudorese e emagrecimento rápido. A recomendação é procurar imediatamente atendimento médico.

“O Seconci-SP conta com pneumologistas e toda a estrutura laboratorial para realizar o exame de escarro e a radiografia de tórax, para fechar o diagnóstico. Se o resultado for positivo, o paciente é encaminhado para as unidades públicas de referência para fazer o tratamento, seguindo o protocolo determinado pelo Ministério da Saúde”, relata a dra. Marice.


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