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terça-feira, 26 de março de 2024

Medicamento para leucemia mileóide crônica apresenta risco de desabastecimento, alertam sociedades médicas

 

Interrupção no tratamento pode afetar diretamente a sobrevida da população que convive com doença


A Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), a Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE) e Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea (SBTMO) tornam pública sua preocupação quanto ao desabastecimento do medicamento Sprycel® (dasatinibe) nas apresentações 20mg e 100mg. A droga é usada no tratamento de pacientes com leucemia mielóide crônica (LMC).

Um ofício assinado pelas três entidades foi endereçado ao secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Miranda Magalhães Jr. Em comunicado enviado às sociedades de especialidade e associações de pacientes, em 8 de março, a farmacêutica Bristol Myers Squibb informou que as apresentações estão com baixo estoque, o que precede risco de fornecimento intermitente no Brasil, “devido ao aumento inesperado de demanda durante transição de planta fabril para produção do medicamento”.
 

A BMS informa ainda que a previsão de normalização é no próximo mês de maio. O comunicado diz também ser “importante ressaltar que essa situação não está relacionada à qualidade, eficácia ou à segurança do produto, as quais permanecem reconhecidas e devidamente comprovadas”. A farmacêutica afirma ter comunicado a Agência Nacional de Vigilância Sanitária no dia 29 de fevereiro e reforça “estar realizando esforços para resolver a situação com menor impacto possível”. 

Na nota conjunta, ABHH, SOBOPE E SBTMO ressaltam que os inibidores de tirosina quinase revolucionaram o tratamento da LMC, tornando a sobrevida dos pacientes semelhante à da população que não convive com a doença. “No entanto, a maioria dos pacientes necessita de tratamento contínuo e ininterrupto para manter a resposta adequada”, informa o documento, que solicita esclarecimentos acerca deste cenário e do plano de ação do Ministério da Saúde para os pacientes que eventualmente ficarem sem tratamento.


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