Oncologista da
Kora Saúde alerta sobre prevenção e diagnóstico precoce da doença
O câncer de colo do útero representa um desafio
significativo para a saúde das mulheres brasileiras, classificado como o
terceiro tipo mais comum de câncer entre elas, segundo dados do Instituto
Nacional do Câncer (INCA). Com aproximadamente 17 mil novos casos por ano, ele
se posiciona atrás apenas do câncer de mama e colorretal. Diante desse cenário,
a campanha Março lilás assume um papel importante na conscientização da
população sobre a importância da prevenção e do combate desta doença.
Segundo Fernando Zamprogno,
coordenador de Oncologia Clínica da Rede Meridional/Kora Saúde, o câncer de colo do útero é desencadeado pela infecção persistente por
certos tipos do vírus HPV (papilomavírus humano). Ele ressalta que, embora a
infecção genital por esse vírus seja comum e geralmente assintomática, em
alguns casos pode provocar alterações celulares que podem evoluir para o
câncer.
“Felizmente essas alterações
podem ser prontamente identificadas por meio do exame preventivo, também
conhecido como Papanicolau, e são tratáveis na maioria dos casos. A
colposcopia, um exame adicional, possibilita uma visualização detalhada da
vagina e do colo do útero, permitindo a detecção precoce de lesões anormais.
Caso sejam detectadas células suspeitas, uma biópsia pode ser realizada para
análise.”, explica o médico.
O tratamento do câncer de colo do útero é altamente personalizado,
levando em consideração as características específicas do tumor e da paciente.
Os procedimentos terapêuticos podem incluir cirurgia, quimioterapia e
radioterapia, variando de acordo com a progressão da doença, o tamanho do tumor
e as necessidades individuais da paciente, como sua idade e planos reprodutivos
futuros.
COMO PREVENIR?
A prevenção do câncer de colo do útero está
diretamente relacionada à redução do risco de infecção pelo HPV. A transmissão
desse vírus ocorre principalmente por meio de atividade sexual, e o uso de preservativos
pode ajudar a evitar essa transmissão. No entanto, o médico destaca que a
vacinação em massa contra o HPV é a estratégia mais eficaz para o controle da
doença.
“A vacina está disponível gratuitamente pelo Sistema
Único de Saúde (SUS) para meninas e meninos de 9 a 14 anos, bem como para
mulheres e homens de 15 a 45 anos que vivem com HIV/Aids, transplantados e
pacientes oncológicos.”, finaliza Zamprogno.
Conforme as diretrizes do Ministério da Saúde o
esquema vacinal consiste em duas doses para crianças e adolescentes. Aqueles
que receberem a primeira dose entre 9 e 14 anos poderão receber a segunda dose
mesmo que tenha ultrapassado o intervalo de seis meses recomendado, garantindo
assim a conclusão do esquema vacinal. Essas medidas são fundamentais para
reduzir a incidência do câncer de colo do útero e proteger a saúde das mulheres
em todo o país.
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