Diagnóstico
e avaliações específicas contribuem para a segurança
e qualidade de vida do paciente com mais de 60 anos
O envelhecimento populacional é um fenômeno global. Em 2030, estima-se que o Brasil terá a quinta população mais idosa do mundo, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Em paralelo, a incidência de câncer em pessoas acima de 60 anos também apresenta crescimento em ritmo acelerado. Um dos principais motivos é que o envelhecimento faz com que as células se recuperem mais devagar, tornando o corpo idoso mais suscetível a tumores.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), 70% de todos os cânceres acontecem na população acima de 60 anos. Somente no Brasil, a cada cem mil pessoas acima de 60 anos, 97 desenvolvem algum tipo de tumor. Além disso, os dados levantam a perspectiva de crescimento nos próximos quinze anos. Em 2040, a população idosa brasileira com câncer terá um aumento expressivo de 98%.
Diante do aumento na expectativa de vida da população brasileira, é preciso voltar os cuidados com a prevalência dos diferentes tipos de câncer, o que requer avaliações mais específicas e monitoramento constante do tratamento. “As pessoas acima de 60 anos possuem condições diferentes, por isso, a importância do atendimento personalizado, com equipes multiprofissionais e que direcionem o tipo de tratamento para cada pessoa”, explica Dra. Lucíola Pontes, oncogeriatra e líder médica do Centro de Cuidado em Oncologia e Hematologia do Hcor.
Ainda de acordo com Dra. Lucíola, a oncogeriatria tem um foco maior nas particularidades que o idoso apresenta em vez de somente tratar o câncer. Durante a avaliação de pacientes acima de 60 anos, são analisados os aspectos nutricionais, cognição (problemas de memória), alterações de humor, polifarmácia (quais remédios o idoso utiliza e os riscos de interação), teste de equilíbrio (avaliação de riscos de queda), comorbidades e funcionalidade (atividades da vida diária como cuidados pessoais e realização de atividades sem o auxílio de familiares).
A partir desta avaliação, o idoso vai receber o tratamento adequado para a sua condição. “O acompanhamento com um oncogeriatra é extremamente importante para que o idoso conheça as opções que ele possui. Por isso, temos uma equipe focada no combate à dor e cuidados paliativos, que contempla os preceitos básicos de um atendimento humanizado nas diferentes fases do tratamento.”, afirma a especialista.
Hcor
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