Especialista do Sérgio Franco explica que exame simples analisa amostra de sangue e pode revelar um grande número de transtornos médicos, como doenças ligadas à medula óssea
O hemograma (HMG) é um dos exames mais solicitados pelos médicos pela quantidade de informações importantes que são fornecidas sobre a composição do sangue. Elas são capazes de revelar diversos problemas de saúde, o que é essencial na fase de rastreio de uma doença, na análise de sintomas ou em relação à eficácia de um tratamento. Pode ser solicitado desde em uma consulta rotineira com o médico de confiança até em um atendimento emergencial de alta complexidade.
Segundo a dra. Juliana Edel Jazbik, hematologista do laboratório Sérgio Franco, referência no Rio de Janeiro que faz parte da Dasa, a maior rede de saúde integrada do Brasil e que realiza mais de 200 mil hemogramas por mês, o sangue é formado por diversos componentes que são divididos entre células vermelhas e brancas.
As células vermelhas são representadas pelas hemácias, que levam oxigênio aos órgãos e tecidos por meio da hemoglobina. Quando a sua contagem está alta, o índice pode indicar uma relação com tabagismo, uso de hormônios anabolizantes e doenças mieloproliferativas ou distúrbios da medula óssea. Nível inferior ao esperado é o principal indicador de um quadro de anemia. Já as células brancas são compostas por leucócitos e plaquetas; enquanto as células brancas são responsáveis pela defesa do organismo, as plaquetas são fragmentos celulares encarregados da primeira parte da coagulação quando há algum ferimento no corpo.
“No caso da contagem das células
brancas, a variação dos números dos leucócitos - tanto para mais quanto para
menos - sugere quadros infecciosos, doenças hematológicas ou o uso de
determinados medicamentos. Já a taxa de plaquetas aumenta ou diminui diante de
inflamações, infecções virais ou bacterianas e doenças na medula óssea, entre
outras causas”, explica a médica.
A necessidade de repetir o exame é definida pelo médico, com base na avaliação física do paciente e em seu histórico clínico, assim como pela presença de doenças agudas ou crônicas que ele apresente, medicamentos que esteja usando, procedimentos cirúrgicos e histórico familiar. Na maioria dos casos, é solicitado que o hemograma seja repetido ao menos uma vez ao ano.
“É sempre indicado que os resultados do hemograma sejam
analisados pelo médico solicitante, que fará uma relação entre o quadro clínico
e o histórico de saúde. Como a variação dos valores de referência pode ser
grande, o paciente pode interpretar os resultados de forma equivocada,
principalmente quando há busca na internet pelo significado de um resultado
específico”, detalha a dra. Juliana.
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