Freepik |
De acordo com dados da Associação Nacional de
Medicina do Trabalho (Anamt), cerca de 30% dos trabalhadores brasileiros sofrem
com a síndrome de burnout. Este preocupante cenário coloca o Brasil na segunda
posição entre os países com mais diagnósticos da doença ocupacional. Causado
principalmente pelo excesso de trabalho, é crucial que as empresas adotem
medidas sensíveis e proativas para reintegrar os colaboradores que sofrem com
burnout.
A saída não é optar pela demissão, invés
disso, a empresa deve manter uma abordagem empática e colaborativa. Para
Monique Santos, especialista em gestão emocional e psicanalista, reintegrar
colaboradores após um período de burnout exige uma abordagem sensível e
proativa por parte da empresa.
“A empresa além de ouvir atentamente o
colaborador afetado e compreender as causas específicas que contribuíram para o
seu esgotamento, devem adotar medidas para melhorar essas questões,
demonstrando um compromisso genuíno com o bem-estar e o equilíbrio dos
funcionários”, explica Monique
A especialista ainda afirma que flexibilidade
no ambiente de trabalho é uma opção viável. Além disso, são recomendadas a
implementação de workshops, palestras e sessões educativas que abordem temas
relacionados à saúde mental e ao bem-estar no local de trabalho.
“Essas ações podem desmistificar o estigma
associado à saúde mental e promover um ambiente mais compreensivo. Além disso,
fomentar uma cultura de apoio mútuo fortalece os laços interpessoais e promove
um ambiente de trabalho mais acolhedor”, comenta a terapeuta.
Para que a reintegração após um período de
burnout seja bem-sucedida, os colaboradores também desempenham um papel fundamental.
De acordo com Monique, as dicas primordiais são: estabelecer limites saudáveis
entre o trabalho e a vida pessoal, priorizar o autocuidado e manter uma
comunicação aberta com o empregador.
“Diante do aumento alarmante dos casos de
burnout no Brasil, as empresas estão enfrentando um desafio crucial na
reintegração de colaboradores afetados. A abordagem empática e as ações
proativas, combinadas com a colaboração dos funcionários, são essenciais para
superar essa crise e promover um ambiente de trabalho mais saudável e
equilibrado”, conclui Monique.
Nenhum comentário:
Postar um comentário