Sancionada pelo governador Tarcísio de Freitas, e publicada no Diário Oficial do Estado nesta segunda-feira (9), legislação diz que profissionais vão atuar em diversas formas de inserção das pessoas com deficiência no ambiente escolar
A partir de agora, no Estado de
São Paulo, as pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) incluídas nas
classes comuns do ensino regular têm direito a um acompanhante especializado. É
o que determina a Lei 17.798, sancionada pelo governador Tarcísio de Freitas e
publicada no Diário Oficial nesta segunda-feira (9). A nova legislação nasceu
com base na proposta da deputada Andrea Werner (PSB). O Projeto
de Lei 454/2023 tramitou na
Assembleia Legislativa nos últimos meses.
De acordo com o texto sancionado,
o acompanhante especializado trabalhará, primordialmente, na função de inserção
das pessoas com deficiência no ambiente escolar, auxiliando o aluno nas
interações sociais, no ensino de maneira geral e nas aplicações didáticas.
Ainda fica vedada a limitação de alunos autistas por sala de aula, por ciclo
educacional, ou qualquer outro critério, nos estabelecimentos públicos e
privados.
"É uma conquista termos o
primeiro projeto de lei do Gabinete da Inclusão virando lei estadual em pouco
mais de seis meses deste mandato", afirmou a deputada Andrea, sem deixar
de fazer ressalvas sobre o texto sancionado. "Alguns artigos que
consideramos prioritários foram vetados pelo governador, como o direito de
acesso à adaptação escolar e a formação mínima para a equipe de apoio a pessoas
com transtornos do neurodesenvolvimento, como TDAH, TOD e dislexia",
destacou.
Multa
O gestor escolar, ou autoridade
competente, que recusar a matrícula de aluno com TEA, ou qualquer outro tipo de
deficiência, será punido com multa de 3 a 20 salários mínimos. Em caso de
reincidência, apurada por processo administrativo, assegurado o contraditório e
a ampla defesa, haverá a perda do cargo.
Assistentes terapêuticos
Andrea Werner aproveitou o momento
para destacar outros projetos que estão em andamento. "Já estamos
trabalhando em novos projetos. Pedimos uma reunião com o governador para termos
uma resposta rápida para as crianças que estão fora das escolas públicas desde
o começo do ano, aquelas cujos Assistentes Terapêuticos (ATs) foram proibidos
de entrar nas escolas e que não receberam o acompanhamento de nenhum
profissional especializado ou plano de transição", disse ela.
Fábio
Gallacci
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