No
dia mundial da doença, dermatologista explica como a doença
pode
abalar a autoestima e emocional do paciente
O dia 29 de outubro é marcado pela conscientização mundial à
psoríase, doença que afeta mais de 125 milhões de pessoas no Brasil, de acordo
com dados divulgados pelo Ministério da Saúde. Caracterizada pela presença de
manchas róseas ou avermelhadas, recobertas por escamas esbranquiçadas, é uma
condição crônica e não contagiosa, mas que em casos severos pode comprometer a
qualidade de vida do paciente e, muitas vezes, abalar a autoestima.
A dermatologista Erika Kinoshita explica que a psoríase não
tem uma causa específica, podendo atingir homens e mulheres, áreas grandes ou
pequenas do corpo. “Tem períodos em que a doença pode ficar mais branda ou nem
aparecer, mas há situações que causam maior inflamação ao organismo, levando a
um agravamento da psoríase. Uso de produtos químicos alergênicos ou abrasivos,
alta exposição ao sol, estresse emocional, infecções, viroses e alcoolismo, são
alguns exemplos do que pode piorar a doença”, explica a médica.
Um
estudo realizado pela Hall and Partners, intitulado Closer Together, publicado
em 2018, apontou que 62% dos entrevistados relataram alto impacto da doença na
vida social e 67% desejavam voltar a ter uma vida normal. “A psoríase é uma
doença que afeta a saúde mental de quem sofre com o problema, pois os sintomas
são graves, geram incômodos e, muitas vezes, vergonha”, ressalta Erika
Kinoshita.
Os sintomas são e definidos por: manchas vermelhas com
escamas secas, esbranquiçadas ou prateadas, pequenas manchas brancas ou
escuras, residuais após melhora das lesões avermelhadas; pele ressecada e
rachada, às vezes com sangramento, coceira, queimação e dor; unhas grossas,
descoladas, amareladas e com alterações da sua forma; inchaço e rigidez nas
articulações e, em casos mais graves, destruição das articulações e
deformidades. Os locais mais atingidos são o couro cabeludo, cotovelos,
joelhos, palmas das mãos, plantas dos pés, unhas e tronco, com lesões em ambos
os lados do corpo.
“O
tratamento é individualizado, conforme o caso do paciente. Em casos mais
graves, medicamentos injetáveis são indicados, mas o uso de medicamentos em
cremes e pomadas, em conjunto com outras terapias, funcionam em psoríases mais
leves. O tratamento sistêmico, já usa uma combinação de formas para quem sofre
do modo mais grave da doença e para quem não reage bem às outras formas. Tem
também a fototerapia que é um tratamento feito com luz ultravioleta e
supervisionado por um médico”, completa Erika Kinoshita.
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