Alexandre Elias, CMO da Rcell, explica como o controle parental, um recurso disponível nos videogames atuais, monitora e ajuda a preservar a saúde física e mental dos mais vulneráveis
As
inovações tecnológicas oferecem inúmeras oportunidades e benefícios,
proporcionando acesso ao conhecimento, à interação social e ao entretenimento.
Entretanto, elas também trouxeram a necessidade de conscientização sobre como
usar a tecnologia com segurança.
Quando se
trata de crianças, é importante que as famílias, os profissionais da educação e
a sociedade em geral estejam atentos à exposição a conteúdos inadequados, ao
cyberbullying e à dependência excessiva da tecnologia. Além disso, a
Inteligência Artificial, embora tenha vários usos benéficos, pode ser usada de
forma prejudicial. Hoje em dia, por exemplo, a IA tem o poder de clonar o rosto
e a voz das pessoas.
É por isso
que é tão importante prevenir e educar os usuários mais jovens. Eles precisam
ser incentivados a manter a privacidade das informações pessoais e não
compartilhar senhas, fotos ou vídeos com estranhos, explicar a importância de
questionar a autenticidade das solicitações on-line e denunciar qualquer
atividade suspeita. Além disso, é extremamente importante que os pais estejam
atualizados sobre as medidas de segurança e privacidade das plataformas
utilizadas, verificando sempre as configurações de privacidade e limitando o
acesso a conteúdos confidenciais.
A Profa.
Dra. Ana Flávia da Costa Parenti, coordenadora da Clínica-Escola do curso de
Psicologia da Universidade Cidade de São Paulo - UNICID, instituição
pertencente à Cruzeiro do Sul Educacional, explica que a internet é um
território livre para todo tipo de interação. Deve-se tomar mais cuidado
com as interações on-line envolvendo crianças, devido à ingenuidade e à falta
de conhecimento das crianças sobre situações perigosas.
O
especialista acrescenta que manter uma conversa aberta e honesta com as
crianças é essencial para que elas tomem decisões conscientes. "O
equilíbrio e o diálogo contínuo entre pais, responsáveis e filhos são de suma
importância para o estabelecimento de vínculos e confiança, pois somente a
partir dessa conexão estabelecida é que as crianças poderão contar com apoio e
buscar ajuda sempre que algum comportamento na internet soar estranho",
cita. "Além disso, os pais podem incentivar outras atividades off-line,
como brincadeiras ao ar livre, leitura, esportes e interações sociais
presenciais. O envolvimento ativo e o apoio emocional dos pais são fundamentais
para ajudar as crianças a desenvolverem habilidades digitais saudáveis e a
lidar com os desafios da era digital", conclui.
De acordo
com Alexandre Della Volpe Elias, CMO do Grupo Rcell, é importante ter em mente
que a Internet e os videogames podem oferecer oportunidades de aprendizado e
crescimento para as crianças. "Os jogos educativos podem melhorar as
habilidades cognitivas, como a resolução de problemas e o pensamento
estratégico. Além disso, o acesso a informações on-line pode ajudar no
desenvolvimento do conhecimento geral e da pesquisa acadêmica. No entanto, tudo
deve ter um limite de tempo e exposição."
Os
videogames podem trazer muitos benefícios para as crianças quando usados de
forma equilibrada e supervisionada. De acordo com Alexandre, alguns dos
principais benefícios incluem:
- Desenvolvimento cognitivo: Os jogos podem estimular habilidades cognitivas, como raciocínio
lógico, resolução de problemas, tomada rápida de decisões e habilidades de
pensamento estratégico;
- Coordenação motora: Jogar jogos que envolvem movimento físico, como jogos de festa, pode ajudar
a desenvolver a coordenação olho-mão e a destreza física;
- Habilidades sociais: Muitos videogames oferecem a oportunidade de jogar jogos para vários
jogadores, seja on-line ou localmente. Isso pode incentivar a interação social,
o trabalho em equipe e a colaboração entre as crianças;
- Aprendizagem educacional: Alguns jogos são projetados especificamente para fins educacionais,
abrangendo tópicos como matemática, ciências, história e habilidades
linguísticas. Esses conteúdos podem tornar o aprendizado mais envolvente e
divertido;
- Estímulo à criatividade: Alguns videogames oferecem ferramentas de criação e personalização,
permitindo que as crianças expressem sua criatividade ao criar personagens,
níveis ou histórias. Isso pode estimular a imaginação e a capacidade de
resolver problemas de forma criativa;
- Alívio do estresse: Jogar jogos também pode ser uma forma de aliviar o estresse e relaxar.
Eles podem proporcionar uma distração saudável e divertida, permitindo que as
crianças relaxem e se divirtam.
Alexandre
reforça que é importante que os pais monitorem o tempo gasto com videogames e
estabeleçam limites adequados. É essencial encontrar um equilíbrio saudável
entre jogos, atividades físicas, interações sociais e outras formas de
aprendizado.
Renomadas
empresas de tecnologia já criaram soluções para apoiar os pais, como é o caso
da Nintendo e sua família de consoles Nintendo Switch, que possuem o recurso de
Controle dos Pais, que pode ser acessado tanto pelo videogame quanto por um
aplicativo gratuito para dispositivos inteligentes.
"Nem
sempre é possível para os pais e responsáveis controlarem o tempo que seus
filhos passam usando plataformas de entretenimento interativo. A função de
Controle Parental do Nintendo Switch permite definir um período limitado de
uso. Além disso, é possível saber se as crianças estão cumprindo a duração
estabelecida. Caso não estejam, é possível suspender o jogo remotamente",
explica Alexandre. A família de consoles Nintendo Switch é distribuída
oficialmente no Brasil pela Rcell, a maior distribuidora privada de
smartphones, games e tecnologia da informação do país.
Ana Flávia
Parenti diz que, em geral, a recomendação é que as crianças em idade
pré-escolar (3-5 anos) tenham acesso às telas limitado a poucos minutos por dia
e sempre acompanhadas pelos pais. As mais velhas (6 a 12 anos) podem ter o
tempo de tela negociado com a família, que pode ser fracionado ao longo do dia,
sempre com monitoramento constante. Os adolescentes (13 a 18 anos) também devem ter
limites estabelecidos, embora possam ter mais autonomia.
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