Condição que afeta uma parcela dos
brasileiros têm causas diversas, entre elas, fatores genéticos. Especialista
aconselha quando a procura de um profissional é necessáriaA dermatite atópica é uma condição que atinge uma parcela dos
brasileiros e, algumas das vezes, está relacionada
a fatores genéticos. Crédito (Imagens): divulgação.
Coceiras sem fim, que levam a noites e noites mal dormidas, podendo, inclusive, desencadear distúrbios relacionados ao sono. Esse é apenas um dos gatilhos que levam a chamada Dermatite Atópica, uma enfermidade que acomete uma parcela dos brasileiros. Uma pesquisa do laboratório Pfizer, realizada em 2022 com 2.327 internautas mostrou que 41% nunca ouviram falar sobre a doença. Essa porcentagem sobe para 50% entre os homens e chega a 56% entre jovens de 18 a 24 anos. Outros 20% não sabem identificar nenhum sintoma da enfermidade.
Intercorrências como a chegada do Verão são momentos propícios para o agravamento do quadro e, em alguns casos, até a piora deles. Alguns sinais como coceira e pele seca são indicativos de que um profissional na área de dermatologia deve ser procurado para investigação sobre o tema.
De acordo com a dermatologista e vice-presidente da regional do
Distrito Federal da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Ana Regina, a
dermatite atópica é uma doença genética não contagiosa e inflamatória que se
manifesta com o aparecimento de lesões avermelhadas e pruriginosas (que coçam )
na pele, acometendo principalmente crianças. “Então é importante que os pais
procurem um dermatologista para diagnóstico e tratamento adequado, pois o uso
inadequado de medicações pode levar à piora do quadro”, relata.
Causas
A profissional chama a atenção para o fato de que o uso inadequado
de pomadas e medicações orais podem levar ao agravamento das lesões, piorando a
coceira e vermelhidão da pele. “Em geral os pacientes acabam usando corticoide
por muito tempo e isso pode inclusive ocasionar um retorno da doença assim que
o corticoide é interrompido. Portanto o acompanhamento dermatológico adequado e
constante é fundamental para definir as medicações no período da fase aguda e
depois para a manutenção na fase crônica”, diz.
Outro ponto levantado pela profissional é o de se evitar banhos
prolongados, bem como o de cuidar das roupas e vestuários em geral. “Importante
evitar banhos quentes, buchas e sabonetes agressivos. Também deve-se evitar
roupas e tecidos com pelos, animais de pelúcia , cortinas e carpetes , e evitar
poeira e ácaros no ambiente ", relata a profissional.
Rede de apoio
Para aqueles pacientes que necessitarem de ajuda quanto ao
tratamento, há redes de apoio nos hospitais públicos, o qual existem os
serviços de dermatologia onde os pacientes podem ter o atendimento direcionado
ao diagnóstico e tratamento da dermatite atópica. Em alguns estados, como o
Distrito Federal, há a presença de Unidades Básicas de Saúde (UBS) que prestam
o apoio e suporte à população. “Essas unidades prestam o suporte para que os
pacientes façam as consultas iniciais e sejam encaminhados aos hospitais de
referência nos casos de dermatite atópica mais severa. Já na rede privada os
dermatologistas especialistas da SBD estão bem treinados para a identificação e
seguimento do tratamento”, finaliza.
Saiba mais:
Dados sobre a Dermatite atópica no país
-41% desconhecem a doença (50% do público masculino e 56% entre o
público entre 18 e 24 anos)
-20% não sabem identificar nenhum sintoma relacionada a doença
Fonte: instituto Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec)/Pfizer
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