Gianpaolo
Dorigo, autor dos materiais de História e Filosofia do Sistema Anglo de Ensino,
traz um panorama sobre a função dos docentes e as novas demandas do século XXI,
tendo em vista o Dia dos Professores
A escola,
tradicionalmente voltada para um ensino muito focado em conteúdo, com a
utilização de métodos que privilegiam a memorização, o respeito e a disciplina
vem passando por mudanças e, hoje, há a possibilidade de os estudantes
assumirem protagonismo inclusive na formação crítica. O desafio da pauta atual
passa por formar cidadãos capazes de fazer escolhas e agir com autonomia,
interpretando e se posicionando diante das diversas informações que recebem
diariamente, inclusive aquelas recebidas pelos meios digitais.
“A principal
evolução no papel do professor está na sua transformação de enunciador de um
saber especializado para a de um esclarecedor ou facilitador: por meio do
diálogo, da orientação para o estudo, da organização de ações e do conhecimento
multidisciplinar, sem descuidar do trato com conteúdo, espera-se que o
professor desperte o interesse e mobilize os estudantes na busca pelos
saberes”, explica Gianpaolo Dorigo, autor dos materiais de História e Filosofia
do Sistema Anglo de Ensino.
Abordagens modernas na educação
Considerando que
os professores não são mais vistos como “depositários do saber”, exercer a
profissão exige a busca por metodologias ativas. O modelo de aulas
exclusivamente expositivas, nas quais o docente fala e a turma apenas escuta,
torna-se oficialmente ultrapassado e, cada vez mais, é preciso promover
interação na sala.
Para estabelecer
uma aproximação entre o cotidiano da nova geração e o universo dos saberes, o
ensino personalizado e a pedagogia ativa são excelentes opções. A partir dessas
técnicas, o estudante exerce um grau de autonomia em seu aprendizado,
considerando suas especificidades, como interesses pessoais, facilidades e
dificuldades acadêmicas, construindo novos conhecimentos. Assim, é que se traça
o caminho do protagonismo estudantil.
Por outro lado,
esse contexto também traz um risco, que é o empobrecimento dos conteúdos, caso
a equipe pedagógica não saiba acompanhar e orientar cada indivíduo.
“Protagonismo sem conteúdo acaba se tornando mero voluntarismo”, enfatiza
Dorigo.
Os
desafios da educação no século XXI
Além da
necessidade de garantir que os estudantes participem da construção do próprio
conhecimento, os professores devem verificar se os objetivos curriculares da
escola estão de acordo com essa nova abordagem. A instituição de ensino,
portanto, precisa entender que o seu papel é formar cidadãos críticos e aptos a
interagir com as novas ferramentas e informações, e não indivíduos que
simplesmente memorizem conteúdos.
A tecnologia, por
sua vez, trouxe novos desafios aos professores, no que se refere ao rápido
acesso a notícias, a documentos, a imagens e aos textos. É preciso que essa
disponibilidade de dados seja aproveitada em sala de aula, tanto para a
obtenção e processamento de informações, quanto para a realização de
experimentos.
Além disso, a era
digital traz mais alguns pontos de atenção, segundo Dorigo: “a avaliação da
veracidade das informações obtidas em fontes digitais, bem como o risco da
fetichização da tecnologia (que consiste em considerar o simples uso de
equipamentos tecnológicos como um avanço pedagógico por si próprio)”. Nesse
campo, os professores devem estar sempre atuando como apoio para o senso
crítico dos jovens, que devem buscar fontes confiáveis e entender que toda
informação exige uma interpretação individual.
A
postura dos professores na atualidade
No geral, o
profissional do Sistema Anglo aponta um cenário
positivo em relação à atuação dos professores na atualidade. Eles estão
desenvolvendo uma multiplicidade de experimentos pedagógicos e discussões. “As
mudanças na legislação, sobretudo no Ensino Médio, e sua recepção crítica, têm
sido sintomas dessa reflexão que os professores têm desenvolvido sobre o seu
papel, o que por si só já é altamente favorável”, finaliza.
Anglo
sistemaanglo.com.br
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