- Mais de 1 bilhão de pessoas sofrem de enxaqueca em todo o
mundo1
- Estudos indicam que, entre mulheres de 18 a 50 anos9,
a enxaqueca crônica é a doença mais incapacitante no mundo, sendo uma das
mais incapacitantes também entre a população em geral1,2,6,7
- Segundo especialistas, dores de cabeça impõem sofrimento
pessoal substancial ao paciente, assim como comprometimento da qualidade
de vida e aumento do gasto financeiro, além de prejudicar a vida familiar,
social e profissional7.
- É uma das principais causas de absenteísmo no trabalho,6
A enxaqueca
crônica é uma das doenças neurológicas mais incapacitantes do mundo, impondo
sofrimento pessoal substancial ao paciente, comprometimento da qualidade de
vida e aumento do gasto financeiro, além de prejudicar a vida familiar, social
e profissional9. A condição ainda é uma das maiores causas de
absenteísmo no trabalho, sendo mais prevalente em mulheres, segundo a
Organização Mundial de Saúde (OMS)2,6.
No Brasil,
estima-se que, a cada ano, haja uma perda por volta de R$ 67 bilhões em gastos,
devido à queda de produtividade relacionada à enxaqueca8. A doença é
considerada crônica quando o paciente tem 15 ou mais dias de dor de cabeça por
mês e, nas mulheres, os sintomas se agravam durante o período menstrual4.
“A luz, o
barulho e até alguns cheiros incomodam. A dor, por sua vez, pode vir
acompanhada de mal-estar, tontura, náuseas e vômitos”, comenta a especialista
Tatiane Barros, neurologista, membro da Academia Brasileira de Neurologia e da
Sociedade Brasileira de Cefaleia.. “Estudos indicam que a maior incidência em
mulheres se deve a fatores hormonais – sendo que o período menstrual é um
gatilho importante para as crises”.
Qualidade de vida comprometida - No Brasil,
estima-se que cerca de 5% da população2 sofra com enxaqueca, com
predomínio entre as mulheres3,5. As dores intensas podem
limitar os pacientes a realizarem suas atividades diárias, comprometendo a
qualidade de vida e aumentando a procura por recursos de saúde como consultas,
exames, atendimento emergencial e internações hospitalares4,
“trazendo um impacto significativo inclusive à economia”, afirma a
especialista.
A
neurologista também esclarece que a enxaqueca crônica pode acometer pessoas de
qualquer idade, mas acaba sendo mais comum em adultos até os 50 anos.
“Justamente a fase mais produtiva. Muitas pessoas conseguem estar no trabalho
com enxaqueca, mas sem condições de produzir normalmente, por conta dos
sintomas”.
Causas - A enxaqueca crônica tem na
predisposição genética um fator importante para o seu surgimento. No entanto,
vários gatilhos podem desencadear as crises. “Deve-se evitar
excesso de chocolate, bebida alcoólica, alimentos processados e embutidos. As
pessoas devem optar por uma alimentação rica em proteínas magras, frutas e
vegetais, o que acaba por reduzir a inflamação no corpo. Praticar exercício
regularmente e técnicas de relaxamento - como ioga, meditação e
respiração profunda - pode ajudar a aliviar estresse e tensão, que também
são gatilhos para a doença”, explica Tatiane Barros.
Tratamento - Embora a
enxaqueca crônica não tenha cura, ela pode ser controlada, minimizando a
ocorrência de crises e amenizando a intensidade dos sintomas. Para isso,
recomenda-se que o paciente procure um neurologista, que poderá indicar as vias
de tratamento mais adequados, incluindo terapias preventivas.
Além de
medicamentos orais, existem terapias injetáveis, geralmente usadas de
forma preventiva, administradas em pontos nas regiões frontal, occipital
(posterior da cabeça), temporal e posterior do pescoço, que relaxam a
musculatura. “A aplicação impede que os neurotransmissores levem os
sinais de dor até o músculo, reduzindo a percepção pelo sistema central”,
esclarece Dra. Tatiane, que acrescenta que esses medicamentos podem chegar a
uma eficácia de 85%, como observa em sua prática clínica.
A especialista alerta, porém, que a automedicação e o uso indiscriminado de analgésicos, em médio e longo prazo, pode vir a gerar um efeito rebote. "Muitos pacientes de enxaqueca crônica trocam os tratamentos prescritos por medicamentos de fácil acesso – mas esses medicamentos, em excesso, também podem disparar episódios de enxaqueca".
Para mais
informações, acesse enxaquecacronica.com.br
e siga @enxaquecacronica.
Referências
1.https://abraces.me/observatorio-de-cefaleias/o-estudo-global-do-impacto-das-doencas-global-burden-of-disease-as-cefaleias/
- Acessado em 03 de março de 2023.
2. Queiroz LP, Peres MF, Piovesan EJ, et al. A nationwide population-based
study of migraine in Brazil. Cephalalgia. 2009;29(6):642-649.
doi:10.1111/j.1468-2982.2008.01782.x
3. Bigal ME, Lipton RB. The epidemiology, burden,
and comorbidities of migraine. Neurol Clin. 2009
May;27(2):321-34
4. Steiner TJ, Stovner LJ, Vos T, Jensen R, Katsarava Z. Migraine is first
cause of disability in under 50s: will health politicians now take
notice?. J Headache Pain. 2018;19(1):17. Published 2018 Feb 21.
doi:10.1186/s10194-018-0846-2;
5. https://www.nature.com/articles/d41586-020-02867-4
- Acessado em 06 de março de 2023.
- https://sbcefaleia.com.br/noticias.php?id=321
Acessado em 6 de março de 2023
7. https://jornal.usp.br/radio-usp/enxaqueca-causa-grande-impacto-alem-de-perda-de-produtividade-diaria/ Acessado em 14 de março de 2023
8. https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/headache-disorders Acessado em 14 de março de 2023
9.https://thejournalofheadacheandpain.biomedcentral.com/articles/10.1186/s10194-022-01402-2
Acessado em 14 de março de 2023
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