● Câncer de
mama é uma das causas da assimetria mamária
● Hormônios
da puberdade e ganho ou perda de peso também estão relacionados à assimetria
mamária
Cada mulher possui
um corpo com características próprias, incluindo a aparência das mamas. No
entanto, algumas mulheres podem apresentar a assimetria mamária, que pode
afetar a autoestima, a confiança, o bem-estar emocional e a capacidade de
interação social.
A assimetria
mamária é uma condição em que uma mama é significativamente diferente da outra
em tamanho, forma ou posição do mamilo. É uma situação comum e que afeta muitas
mulheres, independentemente da idade.
As principais causas da assimetria mamária podem estar
relacionadas com as seguintes situações:
● Amamentação: Quando uma mama produz mais leite que a outra pode deixá-la assimétrica.
● Ganho ou perda de peso: principalmente quando ocorre de maneira repentina.
● Mudanças hormonais: principalmente na puberdade, gravidez e menopausa.
● Genética: as mamas já se apresentam de tamanhos diferentes desde o desenvolvimento mamário.
● Cicatrizes:
relacionadas a alguma cirurgia realizada ou até mesmo lesões traumáticas.
“Mas chamo atenção
para o câncer de
mama, que também pode ser uma das causas da assimetria devido
ressecções parciais ou totais, como na mastectomia (retirada da mama), ou
cicatrizes causadas durante o tratamento da doença.
Os casos de câncer
de mama crescem a cada ano e a demora no atendimento pelo Sistema Único de
Saúde (SUS) para as cirurgias de reconstrução mamária afeta ainda mais o psicológico
e a autoestima feminina”, comenta o cirurgião plástico Dr. Fernando Amato.
As sequelas de
mastectomia tornam-se cada vez mais um problema sério e dramático na vida
destas mulheres. Segundo o Instituto
Nacional de Câncer (INCA),
o câncer de mama é o mais incidente (depois
do de pele não melanoma), com 74 mil casos novos previstos por ano
até 2025.
Dr. Amato conta
que as filas que se formam nos hospitais para reconstrução mamária tardia
(aquela realizada posteriormente à mastectomia e ao restante do tratamento
oncológico) chegam a vários anos de espera, havendo muitas pacientes ainda sem
reconstrução mamária, aguardando tratamento, sendo a grande maioria na rede
pública, pois a estrutura atual dos serviços e equipes médicas no SUS ainda não
permite a realização da reconstrução para a maior parte das pacientes operadas.
No Brasil, a Lei
Nº 10223 de 15/5 2001, que altera a lei 9656 de 3/6/98, fala sobre a obrigatoriedade
de cirurgia plástica reparadora da mama por planos e seguros privados de
assistência à saúde. Além de uma Jurisprudência garantindo a cirurgia plástica
para simetrização das mamas pelo plano de saúde.
O
tratamento das Assimetrias
“O tratamento
cirúrgico varia de acordo com o tipo de assimetria mamária, entre elas cito a mamoplastia redutora, a
mamoplastia de aumento com ou sem prótese, a mastopexia com ou sem
prótese, a lipoaspiração e o enxerto de gordura”, explica o cirurgião plástico Dr.
Fernando Amato.
Abaixo, Dr.
Fernando Amato detalha um pouco mais cada cirurgia que pode
ser feita nos casos de assimetria mamária:
Mamoplastia redutora – Também conhecida como redução de
mama, é um procedimento cirúrgico que visa remover excesso de pele e tecido da
mama para deixá-la mais proporcional ao corpo. A redução de mama pode ser uma
opção para mulheres que têm seios muito grandes, o que pode levar a problemas
de saúde como dores nas costas, pescoço e ombros, irritação da pele sob os
seios e dificuldade em encontrar roupas que ajustem adequadamente. Além disso,
há relatos de autoestima baixa.
A cirurgia
de redução de mama é geralmente realizada sob
anestesia geral e dura de três a cinco horas. O cirurgião remove excesso de
pele e tecido mamário e, em seguida, reposiciona os mamilos e
a aréola para uma posição mais elevada. A cirurgia pode deixar cicatrizes,
embora a maioria das mulheres relatem que as cicatrizes são menores do que o
esperado e se tornam menos visíveis com o tempo.
Mamoplastia de
aumento com prótese de silicone - Nos
casos de assimetria, é comum o cirurgião plástico usar próteses de silicone com
volumes diferentes. Mesmo assim, as mamas nunca serão idênticas e com o
tempo essa diferença pode ficar mais evidente se a mulher ganhar ou perder
peso, engravidar ou amamentar. Por isso, para casos com pequenas diferenças de
volume das mamas, Dr. Fernando Amato prefere usar as próteses de tamanhos
iguais.
“Para as cirurgias
de assimetria mamária também utilizo moldes que facilitam essas escolhas e na
consulta faço simulação com uma câmera 3D, que consegue estimar o volume de
cada mama, facilitando esse cálculo”, explica Dr. Amato.
Mastopexia –
Cirurgia relacionada ao reposicionamento da aréolas, indicado em mamas
com ptose, ou seja, caídas. Muitas vezes com flacidez e excesso de pele. Pode
ser associada a colocação de prótese e nesse caso chamará de mastopexia com
prótese.
Lipoaspiração– uma alternativa para assimetrias de mamas com uma maior
proporção de gordura. Porém limitado ao tratamento do tecido glandular.
Lipoenxertia
– Conhecido também como enxerto de
gordura, a cirurgia visa dar volume à mama com uma aparência mais natural
quando comparada à prótese de silicone. É uma excelente técnica para a correção
da assimetria mamária. O procedimento utiliza a gordura retirada do próprio
corpo (abdômen, coxas e tronco) para remodelar a mama. O ponto positivo dessa
cirurgia é poder ter um risco menor de rejeição, já que o material enxertado é
retirado do corpo da paciente.
“O mais importante é a mulher se sentir
bem e confiante com seu corpo, o que pode refletir na qualidade de vida e no
emocional”, finaliza Dr. Amato.
Dr. Fernando C. M. Amato – Graduação, Cirurgia Geral, Cirurgia Plástica e Mestrado pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP). Membro Titular pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, membro da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) e da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos (ASPS).
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