Principal causa de cegueira no mundo, 80% dos casos não apresentam sintomas no início da doença; especialista do Hospital Japonês Santa Cruz explica
Considerada a
maior causa de cegueira do mundo – atinge cerca de 64,3 milhões de pessoas,
entre 40 e 80 anos, e a projeção é de que, até 2040, esse número aumente para
111,8 milhões, o glaucoma pode afetar até 2,5 milhões de pessoas no Brasil,
segundo a Sociedade Brasileira do Glaucoma (SBG). Mal silencioso, a doença é
provocada pelo aumento da pressão intraocular do olho, que não tem relação com
a pressão arterial do sangue, e em 80% dos casos não apresentam sintomas nas
fases iniciais da doença. O alerta é reforçado em 26 de maio, Dia Nacional de
Combate ao Glaucoma.
A médica
oftalmologista do Hospital Japonês Santa Cruz (HJSC), Dra.Tatiana Tanaka,
explica que o glaucoma é uma doença progressiva e que não tem cura quando já
existe a lesão glaucomatosa. “A condição afeta o nervo óptico, responsável por
enviar informações visuais do olho para o cérebro e está geralmente associada
ao aumento da pressão intraocular, que pode levar ao dano das camadas de fibras
nervosas e células ganglionares do nervo óptico e, consequentemente, à perda da
visão definitiva”, fala.
Apesar da alta
incidência, a maioria das pessoas não sabe que possui a condição - cerca de 70%
dos casos são desconhecidos. O glaucoma pode se desenvolver durante anos sem
apresentar sintomas, normalmente os sinais costumam aparecer só na fase mais
avançada da doença, quando o paciente já está com 90% da visão comprometida.
Um dos principais
fatores de risco associado ao desenvolvimento do glaucoma é o histórico da
doença na família. “Mas há algumas outras questões, como etnia africana, para
glaucoma de ângulo aberto, tipo mais comum da doença; que atinge o sistema de
drenagem interno do olho e faz com que a pressão intraocular fique
suficientemente alta, com a consequente lesão do nervo óptico; ou asiática, com
maior incidência de glaucoma de ângulo fechado, segundo tipo mais comum, em que
ocorre uma obstrução da abertura do sistema de drenagem do olho; além do fator
idade - acima de 40 anos”, lista a especialista.
Prevenção
O Ministério da
Saúde recomenda consulta ao médico oftalmologista pelo menos uma vez ao ano
para avaliação completa da visão. Porém, uma pesquisa realizada pelo Datafolha
com mais de 2.088 pessoas, em 130 municípios, mostrou que 24% não costuma ir ao
oftalmologista. A especialista faz um alerta sobre a periculosidade da doença e
a importância do diagnóstico precoce.
“Quanto mais cedo
ser detectada a doença, mais chances de evitar a perda de visão do paciente. A
melhor maneira de prevenir é se consultar periodicamente com um
oftalmologista”, ressalta.
Hospital Japonês Santa Cruz
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