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sexta-feira, 19 de maio de 2023

ESG no agronegócio: entenda a importância da agenda para o setor agrícola

 Especialista afirma que quanto mais cedo a empresa se preparar para enfrentar esse desafio, maiores serão suas chances de sucesso


O Brasil está entre os maiores países agrícolas do mundo e, de acordo com o Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas (FGV-Ibre), o crescimento do setor deve ser de 8% neste ano. Se o número se confirmar, será o maior crescimento do setor desde 2017, quando a alta foi de 14,2%. Além disso, segundo a pesquisa Projeções do Agronegócio, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), até 2030 a produção agrícola brasileira deve crescer mais de 20%.

E justamente por se tratar de um dos setores mais relevantes do país, sendo responsável pela criação de mais de 17 milhões de empregos, segundo a Universidade de São Paulo (USP), as empresas que adotarem estratégias e modelos de negócios alinhados às melhores práticas de ESG (Environmental, Social, Governance) se diferenciarão no mercado e criarão as bases de seu crescimento e perpetuidade.

Em um cenário em que os recursos naturais estão se tornando cada vez mais escassos e ocorre uma previsão de crescimento populacional ainda maior, é necessário refletir sobre o modo de consumo e de produção. Estimativa da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) prevê que, até 2050, será preciso aumentar a produção de alimentos em 70%. 

Alinhar a produção agrícola às práticas de ESG se tornou um assunto tão importante que a Serasa Experian lançou uma ferramenta para avaliar boas práticas de ESG de produtores rurais – pessoa física – com o objetivo de auxiliar na tomada de decisão de concedentes de crédito, fornecedores e até consumidores. Dessa forma, entidades financeiras terão mais condições de fazer uma análise de risco combinando fatores de crédito, com o monitoramento do cumprimento de boas práticas de governança ambiental, social e corporativa.

O advogado especialista em Direito do Agronegócio e Meio Ambiente Rafael Guazelli esclarece que as empresas precisam o quanto antes buscar alinhamento às melhores práticas de ESG, pois dessa forma poderão evitar problemas no futuro.

 “É fundamental que o foco dessas organizações esteja nos temas relevantes e estratégicos e que elas respondam à crescente demanda dos stakeholders por informações claras e seguras sobre atuação e desempenho. Quanto mais cedo a empresa se preparar para enfrentar esse desafio, maiores serão suas chances de sucesso”, explica o especialista.

Rafael Guazelli lembra ainda que outros benefícios que a agenda ESG traz para o agronegócio são:

  • Produtos desenvolvidos a partir de ações ESG são percebidos como de melhor qualidade no mercado e tornam-se mais competitivos;
  • A transformação digital promove processos mais ágeis e custos mínimos de produção. Isso porque automatiza rotinas e reduz custos operacionais, aumentando a performance do campo;
  • Aumento nas exportações, já que os produtos brasileiros ganham maior destaque no mercado internacional. Melhor qualidade atrai investidores e compradores estrangeiros.

Em suma, as práticas de ESG no agronegócio são o grande balizador do setor para os próximos anos. Tais práticas são uma questão de sobrevivência, não só para quem atua no agro, mas em qualquer outro setor. No mesmo caminho das práticas ESG, cabe ao poder público e ao setor corporativo desenvolver ou aperfeiçoar ações que resultem na redução ou neutralização das emissões de GEEs. Só assim será possível continuar a produzir alimentos para as próximas gerações.

 

Rafael Guazelli - constrói, diariamente, uma carreira sólida de sucesso. Tem 16 anos de experiência no mundo jurídico e é especialista nas áreas de Direito Tributário, Agrário e Bancário, entre outras. Contabiliza, atualmente, em seu escritório Guazelli Advocacia, cerca de 900 clientes atendidos e mais de 2.500 ganhos de causa. Possui formação em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (2006) e é Técnico em Transações Imobiliárias desde 2009. Associado ao Instituto de Direito Tributário do Paraná – IDT, já foi membro Integrante da Comissão de Direito Tributário da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção do Paraná (OAB/PR).


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