O uso do pneu numa aplicação para a qual não foi projetado resultará em comprometimento da performance operacional da máquina Divulgação |
Especialista da Pivot dá dicas sobre uso correto conforme a aplicação no campo e alerta que atenção à peça deve ser ainda maior nos períodos de chuva
Numa
agricultura de alta performance como a que temos aqui no Brasil, a produção não
pode parar, faça chuva ou faça sol. Mas o produtor que está na lida diária do
campo sabe bem que os períodos chuvosos exigem atenção a certas peculiaridades,
que caso não observadas podem levar a enormes prejuízos. Um desses cuidados é
com os pneus usados nos maquinários agrícolas.
De
acordo com o consultor de vendas da Trelleborg, Frederico Pessato Alves, apesar
das altas tecnologias embarcadas nos maquinários de hoje, muito do
desempenho delas depende do uso do pneu certo. “A escolha do pneu ideal para o
trator deve levar em consideração diversos fatores. É necessário ficar atento
ao tamanho que consta no manual do equipamento, as condições do solo onde esse
maquinário será usado também devem ser levadas em conta, a aderência que
influencia no tipo de tarefa que será executada na lavoura pelo trator, a
resistência da carcaça, entre outros fatores”, explica.
Mas
na época de chuva, que pneu usar? Para facilitar a vida dos produtores,
montadoras de maquinários agrícolas e fabricantes de pneus montaram uma tabela
com os códigos de aplicação. “Essa tabela traz uma excelente orientação para
determinar o tipo de serviço para qual o pneu foi projetado. O pneu R1, por
exemplo, é para uso em terrenos secos, já o R1W, é indicado para o trabalho em
terrenos molhados, úmidos e argilosos. Temos também o R2, que serve para
terrenos alagados”, detalha o especialista da Pivot.
Frederico
Pessato Alves, alerta que o uso do pneu numa aplicação para a qual não foi
projetado resultará em comprometimento da performance operacional da máquina e
até mesmo defeitos no maquinário. “É importante ficar atento porque usar um
pneu R2 na aplicação de R1 vai causar um desgaste mais rápido, e não terá a
tração ideal para o trabalho. Além disso, ainda pode afetar o consumo de combustível
por falta de tração”, explica.
Pneus agrícolas
De
acordo com Frederico Pessato Alves existem dois tipos básicos de pneus: o
diagonal e o radial. O primeiro é composto por cabos de reforço que atravessam
diagonalmente o pneu, num ângulo de 30 a 40 graus até à linha central da peça.
Cada tela ou camada de cabos estruturais do pneu está colocada na direção
oposta à anterior formando um padrão cruzado.
Já
o radial é composto por telas de cabo que reforçam o pneu e se prolongam num
ângulo de 90 graus até à linha central. Diretamente por cima das telas radiais
e por baixo do piso existe uma cinta em toda a circunferência que é feita de
cabos ou aço. E esta cinta acompanha toda a circunferência da carcaça e os
cabos são colocados na cinta num ângulo estreito de 15 e 25 graus.
“O
pneu radial possui características de construção que beneficiam a operação
agrícola, como por exemplo maior área de contato com o solo, maior poder de
tração, redução do consumo de combustível, maior poder de limpeza e conforto ao
operador. Já o pneu diagonal, oferece um percurso suave em superfícies ásperas
com maior conforto do operador, além da capacidade de suportar cargas maiores”,
explica o consultor de vendas.
Vida útil do pneu
Outro
fator importante é sobre os cuidados que prolongam a vida útil do pneu. O
especialista da Pivot dá algumas dicas que asseguram a alta performance dessas
peças por muito mais tempo, como por exemplo, o ajuste da pressão de ar dos
pneus, que deve ser calibrada conforme o tipo e peso da carga. “Uma pressão
excessiva provoca o desgaste da banda de rodagem e da parte central do pneu”, informa
Frederico Pessato Alves.
Outra
orientação é sempre usar o mesmo modelo no conjunto duplo das rodas. “Assim,
evita-se a diferença de tração e que um trabalhe mais que o outro”, explica o
especialista da Pivot. Examinar periodicamente o exterior do pneu é importante
para detectar possíveis anormalidades, e assim fazer a manutenção necessária ou
a troca. “Afinal, um pneu estragado pode facilmente avariar seu maquinário, e o
prejuízo pode ser maior”, alerta.
Outro
alerta dado por Frederico Pessato é evitar o contacto dos pneus com produtos
derivados de petróleo, a dica nesse caso é sempre manter as rodas limpas.
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