Ao propor atenção perene ao tipo de tumor que mais mata mulheres no Brasil1, ativação da campanha Bora Falar de Câncer estimula o debate contínuo sobre algumas das doenças mais desafiadoras da atualidade
Todo dia é tempo de alertar para os riscos do câncer de mama, o tipo de tumor que mais mata mulheres no Brasil¹. Essa é a mensagem por trás de uma iniciativa que vai iluminar de rosa o monumento Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, a cinco meses de outubro, o mês mais tradicionalmente associado às ações de conscientização sobre a doença.
Planejada para o dia 8 de maio, a partir das 19h, a iluminação de um dos principais cartões-postais brasileiros marca o início da ação Calendário Pela Vida, que faz parte da campanha Bora Falar de Câncer. O objetivo é sustentar, durante o ano todo, a conversa e a atitude perante os tumores de maior incidência e letalidade entre os brasileiros, indo além das efemérides estabelecidas.
“Alguns tipos de câncer, como o de mama, estão entre os nossos maiores desafios no enfrentamento de doenças crônicas não transmissíveis, considerando especialmente o envelhecimento da população e a intensificação de hábitos de vida que representam fatores de risco para muitos desses tumores, como o sedentarismo e o excesso de peso”, comenta a diretora médica da Pfizer Brasil, Adriana Ribeiro.
Diretora de Comunicação e Assuntos Corporativos da Pfizer Brasil, Cristiane Santos reconhece a importância das campanhas de conscientização concentradas em meses específicos, como o Outubro Rosa, que abriram os primeiros caminhos para o diálogo sobre o tema. Mas diz que é preciso expandir essa conversa. “Essa deve ser uma pauta contínua, que convoque as pessoas a pensarem, todos os dias, naquilo que pode ser feito para melhorar esse cenário: seja colocar os exames em dia, eliminar fatores de risco, acolher uma paciente ou espalhar informações confiáveis, que nos fortalecem como sociedade”, afirma.
Reitor do Santuário Arquidiocesano
Cristo Redentor, Padre Omar também destaca a importância da ação. “O Cristo
Redentor, iluminado de rosa, gera consciência pela saúde e pelo afeto, unindo
nossa sociedade”, destaca.
O desafio do câncer
de mama
O câncer de mama é o tipo de tumor mais incidente nas brasileiras (sem considerar o câncer de pele não melanoma, conforme categorização do Instituto Nacional de Câncer, o Inca): 74 mil casos novos estão previstos por ano até 20252. Também é a neoplasia com a maior taxa de letalidade entre as mulheres do País: mais de 17.800 perdem suas vidas por ano em função da doença³.
Vale destacar que apenas de 5% a 10% dos casos de câncer de mama são de origem hereditária4. Esses casos envolvem mutações em genes específicos, sendo BRCA1 e BRCA2 os mais comuns. A história familiar, principalmente em parentes de primeiro grau, é considerada um importante fator de risco para o câncer de mama antes dos 50 anos de idade5.
Na maioria das vezes, o câncer de mama é de origem multifatorial, associada ao avançar da idade e ao acúmulo de outros fatores de risco ao longo da vida5, sejam eles hormonais (primeira menstruação antes dos 12 anos, menopausa após os 55 anos, não ter filhos, primeira gravidez após os 30 anos, entre outros), ou ligados aos hábitos de vida (consumo de álcool, obesidade e sedentarismo, por exemplo)5.
“A informação é essencial não apenas para que as pessoas possam agir sobre os fatores de risco que dependem de comportamentos, mas também para que saibam o quanto o diagnóstico precoce faz toda a diferença para o prognóstico da paciente: a maioria das mulheres com tumores identificados em seus estágios iniciais entram em remissão. Atualmente, contudo, a maioria dos tumores mamários é identificada em estágio avançado no Brasil”, lembra a médica Adriana Ribeiro.
Vale destacar que a rede pública de
saúde conta com uma rede abrangente para atender as mulheres com câncer de
mama, em toda a sua jornada. Diferentes opções de tratamento foram incorporadas
nos últimos anos ao Sistema Único de Saúde (SUS), oferecendo uma ampla gama de
opções terapêuticas para a escolha médica. Em relação ao diagnóstico, um
destaque é a sanção da Lei 7.237/2023, no mês passado, que determina uma lista
de prioridades para a realização de mamografias na rede pública do Distrito
Federal, contemplando mulheres a partir de 40 anos que tenham histórico
familiar de câncer de mama ou nódulos6.
Pfizer Brasil
Referências
1. INCA. A situação do câncer de mama
no Brasil. Disponível para acesso em: https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files/media/document/a_situacao_ca_mama_ brasil_2019.pdf
2. INCA. Estimativa 2023 – Incidência
de Câncer no Brasil. Disponível para acesso em: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/noticias/2022/inca-estima-704-mil-casos-de-cancer- por-ano-no-brasil-ate-2025
3. INCA. Atlas da mortalidade.
Disponível em: https://www.inca.gov.br/app/mortalidade
4. ADAMI, H.; HUNTER, D.;
TRICHOPOULOS, D. (ed.). Textbook of cancer epidemiology. 2. ed. Oxford: Oxford
University Press, 2008.
5. INCA. Fatores relacionados ao
aumento de risco de desenvolver câncer de mama. Acesso disponível em: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/gestor-e-profissional-de- saude/controle-do-cancer-de-mama/fatores-de-risco
6. AGÊNCIA
BRASÍLIA. Lei define prioridades para exames de mamografia no DF. Disponível
em: www.agenciabrasilia.df.gov.br/2023/04/14/lei-define-prioridades-para-exames-de-mamografia-no-df/
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