Em uma década, a
circulação do vírus no mundo pode resultar em até 200 mil novos casos no mundo
A baixa cobertura vacinal para a Poliomielite no
Brasil é o principal motivo de preocupação da volta da doença que foi
erradicada em 1994. De acordo com o Ministério da Saúde, em 2022, a cobertura
vacinal para a doença ficou em 77,16%, muito abaixo da taxa de 95% recomendada
pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para evitar a circulação do vírus.
De acordo com a Dra. Raquel Xavier de Souza Saito,
coordenadora do curso da Pós-graduação em Saúde da Família da Faculdade Santa
Marcelina e enfermeira da Unidade de Vigilância em Saúde do município de São
Paulo, a transmissão da pólio ocorre ao falar, tossir ou espirrar, por via
fecal-oral, por contato com objetos, alimentos e água contaminadas com fezes de
doentes ou portadores. “A falta de saneamento, as más condições habitacionais e
a higiene pessoal precária também favorecem a transmissão. Como para a maioria
das doenças virais, não há tratamento específico para a poliomielite, apesar
disso, casos suspeitos ou confirmados devem ser hospitalizados”, disse.
Segundo dados Organização Panamericana de Saúde
(OPAS), uma em cada 200 infecções leva a paralisia irreversível. Entre os
acometidos, 5% a 10% morrem por paralisia dos músculos respiratórios. Enquanto
houver uma criança infectada, crianças de todos os países correm o risco de
contrair a doença.
A poliomielite, também conhecida como pólio ou
paralisia infantil, é uma doença grave e muito contagiosa, causada por vírus,
que pode infectar crianças com menos de cinco anos de idade. A paralisia
permanente nas pernas ou braços ocorre em razão da destruição de partes do
sistema nervoso. Embora raro, o vírus pode atacar as partes do cérebro que
ajudam a respirar, o que pode levar à morte.
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