Pedagoga reflete
que o desconforto diante de números no cotidiano pode ser transformado em
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Pedagoga
reflete que o desconforto diante de números no cotidiano pode ser transformado
em conhecimento
Um grupo de amigos pede a conta do restaurante e
alguém pergunta: “quanto fica 89 reais e 75 centavos dividido por quatro?”.
Pronto! Pânico geral instalado e o silêncio só ajuda a aumentar a tensão.
Enquanto dois começam a fazer as contas nos dedos, alguém responde “eu sou de
humanas”. Até que o amigo mais rápido tira o celular do bolso e resolve a
agonia com a calculadora.
Felizmente a tecnologia se faz presente para nos
salvar de situações chatas como essa. Entretanto, “ser de humanas” não deve ser
uma justificativa na hora de poupar a vergonha de errar uma conta de cabeça,
visto que não existe nenhum problema em se atrapalhar com vírgulas e números
quebrados. O dilema é usar a desculpa da formação em questão como apoio para
enfrentar a fobia de números.
“A matemática está presente em todos os momentos do
cotidiano e se isentar de algumas decisões do dia a dia só por não querer
enfrentar os números não é uma escolha positiva”, explica Marizane Piergentile,
pedagoga e diretora de educação da Rede Adventista do ABCDM e Baixada Santista.
Procurar entender conceitos básicos da área de
exatas pode ser um grande auxílio na hora de se estabelecer no mercado de
trabalho daqui para frente, uma vez que isso pode ajudar em situações simples,
como explorar gráficos e analisar estatísticas com mais autoconfiança. “A
partir do momento que garantimos para nós mesmos que não temos conhecimento
sobre determinado assunto, colocamos a nossa curiosidade, interesse e
disposição para dormir em um quarto escuro e trancamos a porta. É preciso ir
atrás de conteúdos que nos provocam desconforto para que eles se transformem em
conhecimento”, esclarece a diretora.
Em um futuro não tão distante, a maioria dos
empregos vai exigir uma competência maior para entender os algoritmos e como
trabalhar com eles. Isso não significa que todos deverão aprender a programar
sistemas, mas é de extrema importância entender como eles funcionam para não
ficar atrasado perante a evolução humana.
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