Coloque sua saúde em dia em três passos
Definido no IV Encontro Internacional Mulher e Saúde, em 1984, o Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher tem como principal objetivo chamar a atenção e conscientizar a sociedade sobre os diversos problemas de saúde comuns na vida das mulheres, tais como câncer de mama, endometriose, infecção urinária, câncer no colo do útero, fibromialgia, depressão e obesidade.
“Muitos destes problemas são preveníveis e
tratáveis por meio de medidas simples, especialmente quando diagnosticados
precocemente. Por este motivo, realizar consultas médicas regulares é o ponto
de partida para a manutenção da saúde, em todas as fases da vida”, explica o
Dr. Alexandre Rossi, médico ginecologista e obstetra, responsável pelo
ambulatório de Ginecologia Geral do Hospital e Maternidade Leonor Mendes de
Barros e médico colaborador de Ginecologia da Faculdade de Medicina da USP.
É também importante procurar ajuda médica
quando algo não vai bem, evitando postergar um problema que pode se tornar cada
vez mais sério. Em geral, problemas de saúde não melhoram com o tempo, ao
contrário, reduzem aos poucos a qualidade de vida e podem, pouco a pouco,
acarretar em novos problemas.
Além da orientação médica, para colocar a
saúde em dia, dois outros pontos são indispensáveis: prática regular de
atividade física e alimentação balanceada. Confira a seguir os benefícios e
comece já a priorizar a sua saúde.
Atividade física
A atividade física regular é um importante
fator para a promoção e manutenção da saúde da mulher em todas as idades e
situações, inclusive na gestação e pós-parto, sempre que não houver
contraindicação. Por este motivo, as consultas médicas são muito importantes,
especialmente durante o pré-natal.
O sedentarismo é hoje considerado fator de
risco no mundo inteiro. De acordo com a
Organização Mundial de Saúde, para obtenção de saúde, em adultos, bastam de 150
a 300 minutos de atividade física moderada semanal, ou de 75 a 150 minutos
de atividade física intensa.
“A prática de exercício físico é
fundamental. Além da manutenção do peso, a atividade física ajuda na regulação
hormonal e de neurotransmissores, favorecendo uma boa ovulação e aumentando as
chances de gravidez. Os exercícios devem ser mantidos durante a gestação,
evitando o ganho excessivo de peso e prevenindo o surgimento de hipertensão e
diabetes gestacional”.
Além do controle do peso, a atividade física regular pode prevenir
doenças graves, como diversos tipos de câncer e doenças cardiovasculares, além
de contribuir para o controle e tratamento de distúrbios do sono, depressão,
hipertensão arterial e alguns tipos de diabetes.
Os exercícios também auxiliam na produção de
endorfina, melhorando os efeitos da TPM e menopausa.
Alimentação
Outro fator importante para manter a
qualidade de vida e a saúde é a atenção à alimentação. O ideal é dar
preferência a alimentos in natura ou minimamente processados, como frutas,
verduras e legumes, às carnes magras e reduzir os embutidos, enlatados e outros
que contenham excesso de conservantes, corantes, sódio e açúcar.
Por meio da alimentação, também é possível
ajustar alguns dos desconfortos da gravidez, do climatério e até mesmo prevenir
doenças como a osteoporose, diabetes tipo 2 e hipertensão arterial.
Sobrepeso e obesidade
A obesidade é
uma doença crônica, que se caracteriza principalmente pelo acúmulo excessivo de
gordura corporal. Além dos danos à saúde, a obesidade e o excesso de peso estão
associados ao aparecimento de diversas outras doenças. Por isso, profissionais
de saúde buscam alertar pacientes desde muito cedo a prevenir o ganho excessivo
de peso por meio de alimentação balanceada e prática de atividade física
regular.
Pesquisa divulgada pela Fundação Getúlio
Vargas (FGV) no último mês indica que idade, condições socioeconômicas e falta
de atividade física são os principais fatores associados à prevalência da
obesidade no Brasil. Segundo o estudo, seis em cada dez brasileiros estão com
sobrepeso. A taxa de obesidade no país atualmente está em 20,1%. Se nada
for feito e seguirmos com o mesmo ritmo de crescimento, em 2030 teremos cerca
de um a cada quatro brasileiros com obesidade no Brasil.
Vale destacar que a prevalência da
obesidade é maior entre as mulheres: 22%, contra 18% nos homens.
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