Sequenciamento de
Nova Geração permite sequenciar DNA de forma muito mais rápida e assertivaFreepik
Ao longo dos anos, principalmente da última década,
os transplantes de órgãos no mundo foram marcados por inovações,
sobretudo devido à adesão às novas tecnologias e equipamentos que
aprimoraram o nível de sequenciamento dos genes. Eles são cada vez mais
frequentes nas rotinas dos laboratórios ao redor do mundo e já se mostraram
capazes de gerar dados qualificados e promover a redução dos custos e do tempo
dos transplantes. Eles também facilitam a aplicação de métodos novos e mais rápidos
para sequenciar estruturas de DNA e RNA, o que vem revolucionando a Genômica e
a Biologia Molecular.
Por meio da extração do DNA de amostras biológicas,
como sangue ou saliva, os laboratórios podem fazer três tipos principais de
sequenciamento de DNA feito por NGS (Next-Generation Sequencing), que na
tradução para o português, significa Sequenciamento de Nova Geração. São eles:
Sequenciamento de Genoma Completo, Exoma Completo e Paineis com alvos
específicos.
O sequenciamento genético ajuda a revelar uma série
de características do paciente, o que contribui tanto para o tratamento de
doenças no presente quanto para a prevenção de patologias que o organismo possa
desenvolver futuramente. Essas tecnologias permitem sequenciar o DNA de forma
muito mais rápida e barata em comparação com o sequenciamento de Sanger, usado
anteriormente, e revolucionaram o estudo da genômica e da biologia molecular.
Os sequenciadores de nova geração podem ler até bilhões de fragmentos ao mesmo
tempo. Com o NGS, é possível sequenciar o genoma inteiro ou
apenas áreas específicas de interesse, incluindo todos os aproximadamente 20
mil genes codificadores ou um pequeno número de genes individuais.
Para o cenário de transplantes de órgãos, a
tecnologia contribui muito com a identificação sobre a compatibilidade HLA do
doador e do receptor do órgão, a fim de minimizar os efeitos de eventuais
rejeições. “O Sequenciamento de Nova Geração é altamente eficiente na tipagem
HLA (Human Leucocyte Antigen) na qual, por meio do
sequenciamento, identificamos variantes dos genes (alelos) HLA responsáveis
pela codificação das proteínas que são avaliadas para a seleção de pares
doador-receptor para o transplante de tecidos e órgãos”, explica Marcelo Mion,
gerente de laboratório da Biometrix Diagnóstica, que oferece a mais alta
tecnologia em reagentes para diagnóstico e equipamentos laboratoriais,
principalmente relacionados a transplante de órgãos e tecidos.
De janeiro a novembro de 2021, foram realizados
mais de 12 mil transplantes de órgãos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em
2020, foram cerca de 13 mil procedimentos do tipo. Em números absolutos, o
Brasil é o 2º maior transplantador do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos,
segundo dados do Governo Federal.
Marcelo também destaca que, com o NGS, é possível
avaliar as tipificações a nível alélico, principalmente nos transplantes de
células tronco hematopoiéticas. “O nosso Registro Brasileiro de Doadores de
Medula Óssea, o Redome, desde 2021, aceita somente novos cadastros de doadores
de medula com a Tipagem HLA de alta resolução, ou seja, por NGS”, explica. Ele
ainda complementa ao dizer que o Sequenciamento de Nova Geração permite a
produção de uma grande quantidade de dados a partir do sequenciamento
simultâneo e em larga escala com rapidez e precisão, de vários “Locos HLA”, os
mais importantes para o transplante que estão dentro do Complexo Principal de
Histocompatibilidade, no braço curto do cromossomo 6.
HLA
Biometrix Diagnóstica
www.biometrix.com.br
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