Dados do Estudo
Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil revelam que, destas, 7% apresentam
sobrepeso e 3% já são consideradas obesasDia da Conscientização Contra a Obesidade Mórbida Infantil
Envato
Alerta para a comunidade médica e famílias
brasileiras: o excesso de peso na infância já é uma realidade no Brasil. Em
pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde em 2021, estima-se que 6,4 milhões
de crianças têm excesso de peso e 3,1 milhões já evoluíram para obesidade. E a
curva só tende a subir: pesquisas da Organização Mundial de Saúde mais recentes
corroboram com o cenário alarmante de obesidade infantil, estimando que em 2025
o número de crianças obesas no planeta chegará a 75 milhões.
Em homenagem ao Dia da Conscientização Contra a
Obesidade Mórbida Infantil, celebrado dia 3 de junho, especialistas da Jasmine
Alimentos destacam a importância da educação nutricional de crianças, desde o
momento da introdução alimentar até a fase adulta.
Alimentação saudável começa na concepção
A formação de uma saúde plena na criança começa no
momento da pré-concepção. A nutrição fornecida pela placenta é um determinante
fundamental para o crescimento fetal. A Associação Brasileira de Nutrologia
(Asbran) confirma a importância da nutrição materna na saúde das futuras
gerações, confirmando que fatores nutricionais podem afetar as células
germinativas masculinas e femininas antes da concepção, modificando o
desenvolvimento do embrião.
Em razão disso, a programação metabólica
intrauterina é de suma importância, uma vez que os estudos epidemiológicos
apontam o risco de desenvolvimento da obesidade, síndrome metabólica e diabetes
tipo 2 até oito vezes maior entre os bebês expostos a um ambiente intra-útero
nutricionalmente desequilibrado. Cabe lembrar, ainda, que o aleitamento materno
após o nascimento é fundamental na nutrição integral da criança, sendo
essencial para prevenir e reduzir o risco de obesidade.
Nutrição em diferentes fases da vida
Estágio pré-natal - concepção até nascimento
Os 1.000 dias entre a gestação e a primeira
infância da criança é considerado o período crucial para crescimento e
desenvolvimento infantil, no qual é possível adotar hábitos e atitudes que irão
influenciar na saúde futura. No ambiente intrauterino e nos primeiros anos de
vida, a criança tem grande influência no seu desenvolvimento neuropsicomotor.
A adoção de uma alimentação balanceada nos períodos
de pré-concepção, gestação e amamentação, engloba alimentos ricos em
fitoativos, vitaminas e minerais. Em todos os períodos de vida, o consumo de
frutas, legumes, grãos integrais, leguminosas e sementes é essencial para
fornecer diversas substâncias benéficas à saúde. “A aveia, a linhaça, as goji
berries, o arroz integral, as frutas liofilizadas - que são aquelas
sequinhas e crocantes - são ideais para incluir no cardápio, tanto na gestação
como na lactação”, explica a nutricionista e consultora da Jasmine Alimentos,
Dra. Adriana Zanardo.
Ainda, a semente de chia e linhaça são duas fontes
de ômega-3, nutriente indispensável na alimentação de gestantes e lactantes, já
que atua no neurodesenvolvimento infantil e tem propriedades
anti-inflamatórias. Desta forma, sua inclusão no cardápio é considerada fator
protetor no risco de obesidade infantil.
Primeira infância - nascimento até 3 anos
Após o nascimento, o aleitamento materno exclusivo
é o tipo de alimentação mais recomendado até os 6 meses da criança, sem
necessidade de nenhum alimento complementar. Após esse período, recomenda-se o
processo de introdução alimentar, importante marco fisiológico na vida do bebê,
capaz de fornecer quantidade e qualidade nutricional suficientes para garantir
o crescimento e o desenvolvimento saudável.
A Organização Mundial de Saúde indica iniciar o
processo de introdução alimentar com purês à base de verduras, legumes e frutas
e aumentar gradualmente a consistência até o menor completar 12 meses de idade.
Desta forma, respeitam-se os movimentos mastigatórios e a habilidade de
deglutição. “Após esse período, recomenda-se a inclusão de outros alimentos com
consistência mais firme, como cereais integrais, aveia, em forma de mingaus e smoothies,
até a criança estar apta a mastigar alimentos mais sólidos. O ideal é evitar
até os 2 anos de idade o contato da criança com alimentos ricos em açúcares e
farinhas brancas”, complementa a nutricionista.
Próximos anos: segunda infância (3 a 6 anos),
terceira infância (6 a 12 anos) e adolescência (12 a 20 anos)
A alimentação composta por alimentos naturais,
integrais, ricos em fibras, vitaminas, minerais, fitoativos, carboidratos
complexos, proteínas e gorduras saudáveis (mono e poli-insaturadas) deve ser a
base da rotina infantil diária, sendo essencial esse controle por parte dos
pais, uma vez que esses hábitos são seguidos com o estímulo da família.
Como aumentar o repertório alimentar da criança
Uma das principais orientações da comunidade médica
é ofertar todos os alimentos durante a introdução alimentar garantindo, assim,
o estímulo do paladar para diversos sabores e texturas. Uma dica interessante é
decorar os pratos das crianças com as cores dos alimentos, fazendo com que
aumente a atenção do menor pela comida.
A influência familiar na construção do hábito
alimentar é imprescindível. “Tudo que a criança for comer, a adesão dela será
ainda maior se os pais acompanharem e consumirem os mesmos alimentos na
refeição. É uma forma de mostrar para a criança que aquilo é saudável e fará
bem para sua saúde”, explica Adriana.
“Além da variedade alimentar para estimular o
paladar, é importante lembrar que os alimentos precisam ser saborosos e
convidativos, especialmente para a criança. Saúde e sabor precisam andar lado a
lado. É muito prático incluir snacks integrais, smothies prontos,
frutinhas desidratadas crocantes no dia a dia, fazendo com que a criança
adquira o gosto de comer bem. Não precisa abrir mão do docinho nem do biscoito
salgado, basta saber escolher aquele que é gostoso e fornece nutrição com
qualidade”, finaliza a gerente de P&D da Jasmine Alimentos, Melissa
Carpi.
Jasmine Alimentos
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