Segundo o
terapeuta, Beto Colombo, o amor é um termo equívoco, e possui
diversos significados e modos de ser expressado estando acompanhado ou sozinho.
O Dia dos namorados é marcado por
dezenas de casais que trocam declarações nas redes sociais e postam passeios
românticos versus os solteiros que também fazem questão de mostrar o quanto a
solteirice e os rolês são encantadores. O que eles têm em comum? Ambos querem
esbanjar felicidade. Já era mais do que hora de pararmos de condicionar a noção
de felicidade ao estado civil de alguém.
O terapeuta e filósofo clínico, Beto
Colombo, fala que o amor é um termo equívoco, e possui diversos significados e
modos de ser expressado estando acompanhado ou sozinho.
A busca por afetividade nas relações,
por completude, e reflexões sobre a vida a dois e a vontade de aparar as
arestas, ficou mais evidente durante a pandemia. Beto revela que para algumas
pessoas a distância é o tempero da relação, já para outras quanto mais perto
estiverem, mais vibram amor.
“Cada pessoa em sua singularidade tem
uma forma de amar, e aí começam a haver conflitos, geralmente por tópicos de
equivocidade. Por exemplo, um indivíduo pode estar buscando no outro, um amor
como escambo, um amor como troca, enquanto o outro busca poder procurar por um
amor philia, que é mais próximo de uma amizade, de um companheirismo. E o papel
da filosofia clínica é fazer uma tradução, mostrar que eles se amam de formas
diferentes”, defende.
O filósofo clínico conta que em alguns
casos as questões existenciais que uma pessoa está passando, podem interferir
na relação conjugal, fazendo até mesmo que essa pessoa se sinta melhor sozinha
e mais feliz. Por isso, na filosofia clínica não há uma regra, não há uma
fórmula.
“Nós temos uma técnica de atendimento
chamada “a posteriori”, ou seja, diante da outra pessoa, ou das outras pessoas.
Não podemos fazer nada sem antes montar a Estrutura de Pensamento Individual,
depois com essa análise feita, saberemos quais os pontos de interseção, o que
aproxima esse casal, e que os afasta ou o que a faz mais feliz solteira”,
explica Beto.
Segundo Colombo, “a falta de paciência,
relações superficiais, o amor está virando amizade, e eu não estou feliz no
relacionamento”, são algumas das reclamações mais ouvidas no consultório.
Baseado na pesquisa da história de vida do paciente, ele alerta que muitos que
estão em um relacionamento e dizem não estar felizes na vida a dois, já não
eram felizes antes de se relacionar.
“Não entendo como duas pessoas que eram
infelizes antes, querem se unir para serem felizes. Relacionamento não é
sinônimo de felicidade, e no momento que os pacientes entendem isso, começam
juntos a construírem uma relação compartilhada de momentos entre os dois, que
se aproximam da felicidade”, assegura.
Uma vida feliz pode ter trabalho,
amigos, família, sonhos, liberdade, projetos e um companheiro ou não.
Beto Colombo - filósofo clínico, como professor,
psicoterapeuta, mentor, conselheiro empresarial, palestrante e, nas horas de
folga, é escritor.
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