Por ser um setor estratégico para o desenvolvimento econômico do País, o setor de distribuição de energia necessita de atualização e inovação constantes. Também pelo fato de ter relevância no próprio bem-estar da população e nas questões de segurança pública, pois é consenso que locais mais iluminados tendem a ser mais seguros.
Neste universo, os conectores elétricos exercem
papel fundamental para uma boa instalação. Não é à toa que as conexões
elétricas receberam especial atenção das normas brasileiras de instalações
elétricas em baixa tensão: a ABNT NBR 5410:20041 dedicou o subitem 6.2.8 para
elas. O tópico salienta que “as conexões de condutores entre si e com outros
componentes da instalação devem garantir continuidade elétrica durável,
adequada suportabilidade mecânica e adequada proteção mecânica”.
As conexões são imprescindíveis para que não
existam pontos com mau contato na instalação, gerando insegurança e desperdício
de energia através do calor. O mau contato também provoca queda de tensão,
avariando o funcionamento dos equipamentos eletroeletrônicos alimentados pela
instalação.
Conectores elétricos também podem influenciar na
manutenção de uma instalação elétrica, possibilitando unir ou separar fios e
cabos com rapidez e precisão. Conectores de baixa qualidade possuem baixa
resistência mecânica e não têm performance elétrica para garantir a
continuidade da rede, mesmo que visualmente indiquem o contrário.
Em sua vida útil, uma conexão elétrica enfrenta
contrações e dilatações por conta da exposição a variações de temperatura. E,
mesmo não aparentes, podem sofrer esforços mecânicos em razão da tração ou do
peso de outros cabos, ou pela utilização incorreta de ferramentas.
Por esses motivos, utilizar conectores inadequados
pode ocasionar acidentes, incêndios e comprometer o funcionamento dos
equipamentos, gerando grandes prejuízos.
Infelizmente, itens de infraestrutura são
subvalorizados no Brasil. É com o uso de peças, como canaletas, abraçadeiras,
prensa-cabos e conectores, que se garante a segurança da instalação, dos
processos e dos trabalhadores. Estes itens são cruciais para a instalação,
manutenção ou inspeção de circuitos elétricos. A atenção dedicada aos
equipamentos eletroeletrônicos também
deve ser direcionada à infraestrutura, porque os
primeiros dependem da segunda.
Conectores modernos são feitos de materiais de
qualidade e desenho eficiente. Eles permitem que a intervenção na instalação
seja promovida de maneira rápida e com poucos riscos.
Uma importante característica do mercado de
conectores é que independentemente do modelo ou aplicação, praticamente todas
as linhas de conectores têm apresentado evolução tecnológica ao longo dos
últimos anos, atendendo às demandas de clientes de todas as áreas.
No momento atual, tem aumentado o consumo de
conectores voltados à iluminação a LED. Para esse mercado, o maior desafio está
na miniaturização dos conectores, a fim de que eles atendam às aplicações a
LED, passando também a ser utilizados em outras instalações. No setor de redes
de distribuição de energia aérea, a tendência são os conectores de perfuração
do isolante. Isso porque as novas redes são isoladas na baixa tensão e
protegidas na média tensão.
Do ponto de vista tecnológico, é cada vez mais fácil encontrar no Brasil o que há de mais moderno globalmente. Mas ainda há bastante espaço para se avançar no País. Não deixar de investir no desenvolvimento de sistemas e produtos é o caminho a ser trilhado, pois empresas não se cansam de buscar mais processos e produtos que proporcionem redução no consumo de energia e o aperfeiçoamento da mão obra.
Marcelo Mendes - economista e gerente geral da KRJ,
especializada em conexões elétricas. www.krj.com.br
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