A dislexia é considerada um transtorno de
aprendizagem, ou seja, uma condição que atrapalha a pessoa no processo de
adquirir o conhecimento, principalmente, causando dificuldade no âmbito da
leitura e da escrita. De acordo com Gladys Arnez, neuropediatra do Trasmontano
Saúde, as principais causas são o fator genético, que faz com que muitas
pessoas da mesma família possam ser disléxicas, e a alta produção de testosterona
pela mãe na gestação. “O distúrbio costuma ser diagnosticado ainda na infância,
pois afeta diretamente o período de alfabetização da criança, mas também pode
ser descoberto quando o indivíduo for adulto, principalmente se não tiver
frequentado a escola.”
Os sintomas podem variar em razão do grau de dislexia, que pode ser descrito como leve, moderado e severo. Além disso, a especialista explica que eles costumam se apresentar em conjunto, podendo variar de forma e intensidade, de pessoa para pessoa, sendo mais evidentes na fase de alfabetização. Os principais são: dificuldade para ler, escrever, soletrar e identificar fonemas; disgrafia, isso é, inversão, omissão ou acréscimo de letras e sílabas; dificuldade na produção textual, com velocidade abaixo do esperado para a idade e escolaridade e dificuldade na organização temporal e espacial.
O tratamento precoce da dislexia é
fundamental, sendo feito por profissionais multidisciplinares como
fonoaudiólogos, psicopedagogos, neurologistas e psicólogos. As técnicas e
abordagens variam muito de acordo com o indivíduo e com relação ao grau de sua
dislexia. “É fundamental que pais e professores se atentem a esses sintomas
pois, o quanto antes a dislexia for diagnosticada, mais rápido será iniciado o
tratamento para garantir uma vida melhor aos portadores do distúrbio”, alerta.
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