Foto: Francine Ferreira |
Durante
todo o ano, a usina termelétrica própria da Fumacense Alimentos foi responsável
pela geração de energia da unidade matriz da indústria cerealista, localizada
em Morro da Fumaça (SC). Com o fim de 2021 e o balanço dos números finais da
estrutura durante os últimos doze meses, pôde-se observar que um número
expressivo de casca de arroz deixou de ser descartado no meio ambiente e foi
reutilizado para o funcionamento do equipamento e, consequentemente, da
empresa.
Superando
números registrados em 2020, no ano passado a usina termelétrica transformou
mais de 31 mil toneladas da casca do grão em energia elétrica, gerando
6.720Mw/h. Mas o que esse montante significa? Conforme o coordenador da Central
Termelétrica da Fumacense Alimentos, Lucas Tezza, em um comparativo, essa mesma
quantidade seria suficiente para abastecer mais de cinco mil residências de até
três pessoas durante um ano.
“A empresa
sempre possuiu esse viés sustentável, que tem se fortalecido e ampliado ao
longo dos últimos anos. E além de reaproveitar a casca de arroz, as cinzas
geradas no processo de queima da nossa usina termelétrica também são
encaminhadas para empresas ceramistas, siderúrgica e cimenteiras de Santa
Catarina, São Paulo e Minas Gerais, que reutilizam o resíduo em seus processos
produtivos”, ressalta Tezza.
Das
cinzas, novos tijolos
No ano que
passou, a queima da casca de arroz gerou 6.130 toneladas de cinzas. Desse
número, mais da metade – 3.700 toneladas – virou matéria-prima para a
composição e fabricação de tijolos.
A
iniciativa, originada de um projeto piloto no Sul catarinense, uniu as
indústrias de arroz e cerâmica e tem registrado resultados muito positivos para
ambos os setores, bem como contribuído diretamente com a redução de impactos no
meio ambiente.
“Essa parceria
acontece há quase dois anos e foi iniciada por um objetivo que a Fumacense
Alimentos possuía, de reutilizar também as cinzas que ficavam como resíduo,
para evitar ao máximo o descarte desses materiais. Essa cinza apresenta uma
grande quantidade de sílica, que contribui consideravelmente no resultado do
produto. Juntamente com a argila, 15% do resíduo é utilizado na mistura,
deixando os tijolos mais leves e com a mesma resistência”, conta o coordenador
da Central Termelétrica.
Catarina Bortolotto
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