Coaching, Mentoria e Psicoterapia/Análise: você sabe a diferença entre cada uma dessas atividades?
Ano Novo, Vida Nova. Trabalho Novo também?
Certamente, entre os tantos pedidos e promessas desta última virada de ano, a
questão profissional foi uma das mais lembradas pelos brasileiros. Não é para
menos. Segundo os últimos dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), em outubro, a taxa de desemprego atual é de
14,6% - um recorde histórico. Some-se a isso pessoas com subempregos,
trabalhadores informais, profissionais infelizes no seu trabalho, insatisfeitos
com suas empresas ou com os negócios próprios e você terá um contingente imenso
de gente que deseja mudar para melhor a sua vida profissional.
Nem todos, contudo, conseguem fazer esse caminho
sozinhos e, por isso, precisam da ajuda de profissionais que contribuam com seu
autoconhecimento, apontando possibilidades, limites e cenários positivos e
negativos. Existem três atividades que podem ser muito úteis para ajudar nesse
desafio: Coaching, Mentoria e Psicoterapia/Análise.
“Todas elas, de alguma maneira, cada
uma dentro do seu método, têm como objetivo melhorar a qualidade de vida das
pessoas e, consequentemente, ajudá-las a tomar as melhores decisões
profissionais para suas carreiras e também para suas vidas pessoais”, explica a
psicóloga Andrea Fuks, diretora da Global Line, empresa que atua há mis de 20
anos no mercado brasileiro oferecendo treinamentos e consultorias na área de
Recursos Humanos, atendendo mais de 50 empresas por ano. Para quem está em
busca desse tipo de ajuda, seja via empresa ou por iniciativa própria, é muito
importante entender como essas atividades se diferem.
“Antes de explicá-las, acho importante destacar que
um bom profissional é bastante importante na boa condução de qualquer uma
dessas ferramentas. Mas, assim como um nutricionista, que passa uma dieta
contando que o paciente controle a sua alimentação, aqui também é preciso um
comprometimento de quem recorre a qualquer um dos métodos”, destaca a
especialista. Confira as diferenças entre as três atividades:
Mentoria. Acontece quando alguém com
uma experiência robusta e específica sobre um determinado assunto transmite
para o mentorado o seu conhecimento. É uma relação de trabalho na qual o
contratado é especialista em algum assunto e passa para o seu mentorado esse
seu saber.
Coaching – É um trabalho mais profundo
do que a mentoria. Ao contrário do que se pensa, não tem a ver com
aconselhamento. O bom Coach deve, sim, provocar ou convidar à reflexões e
ampliar a visão que o Coachee está tendo das suas
forças/ferramentas/estratégias para atravessar os obstáculos e desafios.
Trata-se de investigação e não de transmitir conhecimento. É fato que a prática
de Coaching tornou-se muito banalizada. E, como as formações são, em geral,
curtas, é absolutamente necessário, se você for contratar um Coach, analisar
com cuidado a formação do profissional a ser contratado.
Psicoterapia/Análise – Aqui
estamos no campo da investigação profunda, onde há um compromisso em apoiar a
pessoa no encontro com a sua própria verdade. Por isso, o tempo é um grande
aliado. Você começa o trabalho sem pensar quando vai terminar. E está tudo bem
assim. Além disso, o profissional desta área estudou profundamente sobre a
psique humana e teve que passar por um processo analítico para tornar-se
analista.
“É muito importante ter clareza sobre esses três
tipos de trabalhos para que você consiga escolher o que pode ser melhor para
si, em um determinado momento da sua vida. Ou, ainda, se você é um profissional
de RH ou líder, saber sugerir e decidir em que tipo de ferramenta a sua empresa
está disposta a investir ou dialogar sobre. Os momentos mudam e você
pode até precisar dos três em ocasiões diferentes, sabia?”, destaca Andrea
Fuks.
Estar em um processo de Coaching ou em análise não
tem nada a ver com ter um problema “sério/vergonhoso”. A pessoa que escolhe se
olhar de frente é bem corajosa e provavelmente está em busca de uma melhor
qualidade de vida. Estar bem consigo mesmo, claramente fará com que ela conviva
melhor e mais harmoniosamente com outras – inclusive no ambiente corporativo.
“É hora de desconstruir o pré-conceito sobre o desconforto emocional e trazer a
parte mais humana para dentro do ambiente profissional. O ser humano é um bicho
que pensa, sente e interpreta. Não somos máquinas, temos afetos, sentimentos e
emoções. Construir um ambiente de relações fortes e de confiança é bom para
todos os envolvidos e isso só é possível começando por um ponto, o dentro de
si”, conclui Andrea.
GLOBAL
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