Você já ouviu falar do termo OoT (Outsourcing of Things)? Pois bem, à medida que o universo se torna mais ágil e conectado, o Outsourcing das Coisas fica cada vez mais presente no nosso dia a dia. Hoje, podemos terceirizar (alugar, contratar sob demanda), quase tudo que está ao nosso redor, tanto no mundo corporativo como no nosso dia a dia pessoal. A lista de aplicativos do celular é um bom indicador desse movimento. Temos aplicativos de empresas que nos trazem alimentação pronta, cuidam da higienização das nossas roupas, nos transportam de um lado para o outro, cuidam de nossos pets, entre outros. Nós podemos nem perceber, mas o foco da nossa atenção já mudou dos itens de infraestrutura pessoal ou profissional para temas mais estratégicos ou relevantes. Se já pensamos em não ter um carro é sinal que o que necessitamos é estarmos em diferentes lugares sem complicações e o carro é um meio e não a finalidade.
Promover e adotar o Outsourcing das Coisas é o melhor caminho para as
companhias que desejam dedicar mais energia aos seus negócios, deixando as
atividades operacionais aos cuidados de empresas especializadas. Assim, é
possível focar 100% na gestão e no core business de cada uma. Já
imaginou o potencial ganho de produtividade? Pense em como se desapegar da
infraestrutura pode trazer ganhos de criatividade, inovação, redução do custo
real total e beneficiar o modelo de criar valor para o negócio.
Então, a teoria do OoT nada mais é do que a evolução natural da gestão dos
negócios. Hoje, o pensamento dos profissionais envolvidos com inovação e
tecnologia, seja da área de compras, finanças e de diversas outras áreas de
negócios, não pode mais estar voltada para atividades de apoio ao negócio. A
infraestrutura de tecnologia, por exemplo, tem que funcionar para que as pessoas
e as empresas possam olhar para fora e ver as novidades ao seu redor e trazer
novas ideias e projetos para implantar internamente.
O importante é investir e desenvolver aquilo que a empresa faz de
diferente. A título de exemplo, não é de hoje que as empresas confiam
suas frotas de caminhões e/ou automóveis a empresas especializadas, o
restaurante que oferece refeição aos colaboradores e até o atendimento de
saúde, esses tipos de serviços vêm sendo terceirizados faz muito tempo. A
infraestrutura no passado era um diferencial competitivo e hoje é um commodity.
Segundo a consultoria IDC, até 2024, 70% das empresas latino-americanas vão
rever seu relacionamento com fornecedores e parceiros para melhor executar
estratégias digitais e para a implantação generalizada de recursos e operações
autônomas de TI. A liderança não pode e não tem tempo para gerenciar, por
exemplo, o parque de computadores, notebooks, impressoras e demais ativos. Para
tudo isso, existem empresas que entregam uma solução completa e você não se
preocupa com diversos contratos, apenas administra o fundamental de tudo isso.
É um processo muito complexo, por isso temos que aplicar cada vez mais o
Outsourcing das Coisas. Você faz um único contrato modelo guarda-chuva e tudo
vai ser colocado lá dentro, facilitando a rotina de grandes e médias empresas,
eliminando toda a mão de obra e focando no que faz a diferença.
O OoT não é apenas para infra, hoje temos diversos exemplos. Tem carro
compartilhado, mobília de aluguel, apartamentos que já se pode alugar com tudo
pronto, inclusive com serviços de mão de obra, manutenção etc. Isso é uma
tendência não apenas nas empresas, mas em nossas vidas, para que tudo não
dependa mais do proprietário, não precisa ser o dono para ter benefícios.
Hoje a informação também é compartilhada, e esse compartilhamento criou uma
necessidade diferente, usamos a informação e a partir daí cria-se velocidade e
rapidez para tomada de decisões.
A vida mudou, e todo mundo enfrenta um pouco mais de dificuldade para administrar
tudo. Desapegue e deixe que alguém cuide de alguns serviços dentro da sua
rotina. OoT, mais que uma tendência, uma realidade dos tempos de aceleração
digital.
Paulo
Theophilo Moreira Junior - diretor de Marketing da Simpress
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