O empreendedorismo cooperativo é quando os cooperadores, que são donos e usuários do capital, se unem para que juntos façam uma cooperação econômica e tornem seu empreendimento sustentável para realizar uma estratégia de negócios de uma organização ligada à sua sobrevivência. Para que o empreendimento se torne viável é preciso que seja socialmente sustentável. Sem sobras e/ou lucro, o empreendimento não será sustentável nem sobreviverá.
È
preciso aumentar o empreendedorismo para substituir os empregos perdidos e
criar novas soluções focadas nas necessidades sociais; agora é o momento para
mudar e suprir as reivindicações da área de atuação local/comunitária num
momento em que governo, empresas e a economia estão passando por
problemas. É indispensável tomar uma direção diferente em que sejam
solucionados os problemas de desemprego, concentração de renda e ambiental.
O
neocooperativismo tem um exemplo de empreendedorismo cooperativo que pode
suprir os empregos formais e informais que foram arruinados, pois, pode ser considerada
uma solução para o desemprego. O maior problema é a busca da sustentabilidade
este é o meio de resolver o empreendedorismo precário que não consegue
suportar seu negócio.
A
cooperação econômica pode ser a solução, pois o capital que não é suficiente
para se sustentar e tem, no financiamento, a possibilidade de suprir o
negócio que é o combustível para o empreendedorismo. A iempresa de
crédito pode ser uma alternativa. Este é o meio de suprir as
necessidades financeiras do negócio, para ficar o dinheiro disponível para o
projeto de empreendedorismo. Isto deve ser feito com autonomia financeira sem
interferência estatal que é próprio dos empreendedores cooperativos.
O
Estado precisa cooperar com o cooperativismo para solucionar as necessidades sociais
na área de atuação local/comunitária. O Estado não deve ser
assistencialista, mas colaborar para que o cooperador/dono se torne um
empreendedor e para que não fique numa fila em busca de emprego. O governo
precisa incentivar as empresas sociais, deixar a sociedade resolver os
problemas sociais e colaborar com o financiamento nas empresas de crédito para
solucionar os negócios dos empreendedores.
A
iempresa é uma empresa social sem fins lucrativos e se organiza pelo abuso
do capital e não pela maximização do lucro, pois o interesse coletivo é o que
deve vigorar. Precisam de uma fórmula que solucione seus problemas de negócios
de uma forma sustentável financeiramente.
Não
temos outra opção que não seja rever as regras dos princípios cooperativistas e
tirar o papel de Estado Patrão e deixá-los livres para organizar a geração de
trabalho com seu próprio capital integrando com as necessidades da sociedade em
sua área de atuação local/comunitária.
O
Estado deve mudar e criar novas funções e delegar à sociedade a organização do
mercado de trabalho, através de apoio e estímulo. A liberdade da interferência
Estatal em seu funcionamento é indispensável, pois reverte a situação; é este
que está precisando do movimento cooperativo.
A
doutrina da cooperação precisa ser revista para organizar o socioeconômico,
adequando-o aos modernos meios tecnológicos, e criar seu Mercado Econômico
Cooperativo – MECOOP, pois não existe velha nem nova economia, mas uma
atualização a esta nova época, consequência da quarta revolução industrial e
tecnológica.
A
incapacidade do neoliberalismo em resolver o problema social e a utilização do
capital como forma de intervir na sociedade cria a necessidade de
reconsiderá-lo, uma vez que o social deve ser integrado com o capital.
O
cooperativismo não está ameaçado; pelo contrário, fortalece cada país em
particular por respeitar a geopolítica e organizar o social para um melhor
aproveitamento econômico. A proposta conduz às necessidades de mudanças que
buscam alternativas para torná-las viáveis para que seja possível interligar e
unir uma organização técnica de uma extremidade a outra, ou melhor, de uma
pertinência da necessidade de um indivíduo à relevância global.
Desta
forma, propõe, discute e cria a Doutrina Econômica da Cooperação numa moderna
revisão das regras dos princípios cooperativistas, motivo pelo qual estou
revendo e relançando o livro “ Doutrina Econômica da Cooperação; Revisão das
Regras dos Princípios Cooperativistas´ com o objetivo de colaborar com o
socioeconômico.
Rosalvi Monteagudo - contista,
pesquisadora, professora, bibliotecária, assistente agropecuária, funcionária
pública aposentada e articulista na internet.
Nenhum comentário:
Postar um comentário