Há
décadas, empresários e trabalhadores profetizam o fim de determinadas
profissões, projetando um cenário de caos em um futuro no qual pessoas seriam
substituídas por máquinas. Também, o excesso de profissionais nas áreas mais
‘tradicionais’, já saturadas, faz com que haja cada vez menos oportunidades de
emprego e salários menos gratificantes. E, ao que tudo indica, isso não está
muito distante. Contudo, há uma luz no fim do túnel (data venia para o clichê).
Como
não há mal que perdure sem que a inteligência humana não faça jus ao que
pregava Darwin, a sociedade e o setor comercial se adequam à nova realidade e
dão um novo sentido ao mercado de trabalho - e, dessa vez, com o que o ser
humano tem de mais valioso: a criatividade.
Bem
subjetivo e imensurável, a criatividade pode, hoje, recompensar ainda mais
aquele que antes não vislumbrava grandes oportunidades para além das
possibilidades que o quadradíssimo mercado de trabalho oferecia. E essa
recompensa veio com a ascensão da chamada Economia Criativa. Mas o que seria
isso?
A
Economia Criativa pode ser definida como o conjunto de negócios baseado no
capital intelectual e cultural que gera valor econômico, de forma a estimular a
criação de empregos, a geração de renda e a produção de receita. Ela abrange os
ciclos de criação, produção e distribuição de bens e serviços que usam
criatividade, cultura e capital intelectual como insumos primários, promovendo
a diversidade cultural e o desenvolvimento humano.
Integram
esse novo setor companhias que propõem soluções criativas para que empresas e
pessoas resolvam problemas do dia a dia. Exemplos não faltam: Netflix, que
promove uma nova forma de consumir filmes e séries; Uber, que introduz um jeito
diferente de se locomover; Ifood, que revolucionou o delivery de comida;
Spotify, que virou a indústria fonográfica de cabeça para baixo; e por aí
vai.
A
Economia Criativa não é só o futuro, mas também o presente dos negócios,
proporcionando formas diferentes de fazermos coisas que estamos acostumados no
nosso cotidiano, mudando os nossos hábitos e, a longo prazo, moldando o
comportamento de toda uma geração. E o faz aquecendo a economia, criando novos
empregos e acendendo aquela luzinha no fim do túnel, espantando os fantasmas da
revolução das máquinas.
Cadu Guerra - CEO do Allugator, maior plataforma de assinatura de
aparelhos eletrônicos da América Latina
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