Em 2020, houve crescimento de 5,3% das vendas no varejo ampliado; tecnologia pode amparar crescimento do setor
O avanço da tecnologia durante o ano de 2020 fez
com que os varejistas procurassem novas ferramentas que pudessem agregar no dia
a dia e digitalizar os negócios. Mesmo com o impacto econômico da pandemia, a
Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estimou
crescimento de 5,3% das vendas no varejo ampliado, em 2020. Já no varejo
restrito, que exclui os ramos automotivo e de materiais construção, o
indicativo é de alta de 3,5%. Para que o setor continue crescendo é essencial
ver a tecnologia como aliada, por isso, listamos sete tecnologias que podem
fazer a diferença no dia a dia do comércio, confira:
Plataforma de gestão para centrais de negócios
Quando a tecnologia é aliada aos processos de
gestão, os benefícios vão além da redução de custos. O ponto chave é a
capacidade de analisar o todo, identificando carências e propondo melhorias que
podem otimizar recursos, além de auxiliar na tomada de decisões. No caso das
centrais de negócios — grupos de empresários que se unem para ganhar escala e
obter melhores preços e maior competitividade nas compras — utilizar uma plataforma
de gestão que concentre todos os dados dos associados, das compras e dos
fornecedores é um grande diferencial. “Esse tipo de tecnologia pode
concentrar todas as informações da central, como: o monitoramento das compras
integradas (passando pelo processo de cotação, negociação com fornecedores e
entrega), análise do financeiro, comunicação e engajamento dos associados.
Também é possível minimizar os erros, aumentar a produtividade e permitir a
mensuração dos resultados — através do cruzamento feito com dados salvos,
gerando informações estratégicas para decisões assertivas”, comenta Jonatan da
Costa, CEO da Área Central.
Automação para vender para o Governo
Por conta da crise econômica, muitas
empresas diminuíram suas vendas, porém o mercado de compras públicas aumentou
ainda mais pela necessidade de insumos para o combate à pandemia. O Governo é o maior comprador do país, e se tornar um fornecedor público
é uma alternativa que ajudou muitas empresas a manterem seus negócios. Por
vezes, participar de licitações pode parecer complexo e demorado, porém existem
ferramentas tecnológicas no mercado que facilitam a vida dos licitantes. Com a plataforma da Effecti, é possível automatizar todas as fases do
processo, desde encontrar as licitações adequada para cada empresa; cadastrar
automaticamente as propostas; automatizar o envio de lances aumentando a
competitividade; e, por fim, monitorar as mensagens nos diversos portais de
compras do governo para não perder nenhum prazo ou sofrer penalizações.
“Capturamos cerca de 3 milhões de novas oportunidades de negócio por mês. É um
volume muito grande para uma pessoa só monitorar, por isso ferramentas de
automação ajudam. Com uma boa ferramenta é possível aplicar filtros conforme o
negócio e receber uma notificação sempre que uma licitação da área escolhida
for aberta”, explica Fernando Salla, CEO da Effecti.
Gestão de pequenos comércios pelo celular
Se antes da pandemia o celular já tinha um papel importante em nossas
vidas, o isolamento social e todas as mudanças trazidas pela Covid-19 ampliaram
ainda mais o seu potencial. Hoje, mais de 67% da população mundial usa
smartphones, de acordo com a pesquisa Digital 2020 October Global Statshot
Report. Não é à toa que o celular tem se transformado em uma ferramenta
essencial de vendas para grande parte dos comerciantes, que oferecem seus
produtos em plataformas online e integrações com redes sociais. No entanto, o
papel do mobile pode ir além: com apoio da tecnologia, todo controle de
vendas, estoque e créditos e débitos de clientes pode ser feito diretamente
pelo celular. “Os aplicativos de gestão oferecem muita praticidade,
permitindo que o comerciante tenha o comando do seu negócio em mãos, em qualquer
hora e qualquer lugar, seja para vendas físicas, online ou híbridas”, comenta
Guilherme Hernandez, CEO da Kyte, startup que oferece um aplicativo de vendas e
gestão para autônomos e pequenos comerciantes.
Gestão eletrônica de documentos
Por muito tempo a única opção das empresas era
manter os registros do negócio em papel, o que não só ocupava espaço físico nos
escritórios como também dificultava a organização e integração das informações.
Hoje, com o avanço da tecnologia, não faz mais sentido manter esses dados em
formato físico. Uma das opções para digitalizar e gerenciar os documentos da
empresa são as soluções GED (gestão eletrônica de documentos), um sistema que
gerencia e integra as informações de todas as áreas da empresa, de forma rápida
e segura. “Esse tipo de solução auxilia muito na administração das
informações da empresa, reduzindo os custos com arquivamento e trazendo um
ganho de produtividade e agilidade nos processos. Também traz muita segurança,
porque os documentos são criptografados e só podem ser acessados por usuários
autorizados no sistema”, comenta Lucas Bernardes, Analista de Negócios da WK
Sistemas, empresa referência em ERP (softwares de gestão empresarial).
Reconhecimento facial para pagamentos
Depois do surgimento do coronavírus,
a preocupação com a saúde continua crescendo em todos os setores. As lojas que
se reinventarem para garantir o bem-estar dos consumidores serão as que terão
os resultados mais positivos nos próximos anos. Para isso, um dos caminhos é
investir em tecnologias de pagamento touchless, aquelas que não exigem
contato humano ou quando ele é muito pequeno, como a solução da startup Payface. A ferramenta usa reconhecimento facial para
conectar o rosto do usuário com o meio de pagamento associado, oferecendo uma
compra rápida, segura e sem toque. Sem precisar mostrar o cartão, a tecnologia
diminui filas e ainda permite que os estabelecimentos armazenem o registro de
consumo dos usuários no local, colaborando para tomada de decisão. "A
implementação da biometria facial vem para acabar de vez com estabelecimentos
que oferecem uma experiência de compra dissociada da jornada do
consumidor", explica Eládio Isoppo, CEO da startup.
Gerenciamento para micro e pequenos empreendedores
Apesar de mostrar avanço nos últimos anos, os dados sobre gestão digital em
micro e pequenos negócios no Brasil mostram que a maioria ainda recorre a sistemas
manuais para gerir suas empresas. Segundo levantamento do Sebrae, 43% dos
empreendedores ainda fazem a gestão financeira em cadernos ou folhas de papel.
Para Wagner Müller, CEO Compufour, empresa que oferece soluções
para o gerenciamento de micro e pequenos negócios, muitas pessoas não conhecem,
têm medo ou até mesmo optam por não usarem sistemas de gestão. “Quando se está
começando, é ainda mais importante o uso de tecnologias que otimizem o tempo e
os gastos em qualquer área do negócio. Há soluções que abrangem um
gerenciamento completo, com controle de dados, financeiro, estoque e emissão de
notas fiscais”, explica.
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