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segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Pesquisa da EXEC com 90 executivos do alto escalão revela que 42% apontam o faturamento como o aspecto mais impactado pela crise no primeiro semestre

Em contrapartida, 61% apontaram a necessidade de investimentos em tecnologia e 32% em gestão de pessoas


Pesquisa exclusiva da EXEC, maior consultoria brasileira especializada na seleção de executivos do alto escalão e programas de desenvolvimento de liderança, investigou os impactos da pandemia nos negócios sob a perspectiva de 90 executivos C-Level em posição de comando em suas empresas, sendo 51% destas companhias com faturamento acima de R$500 milhões. Os executivos tiveram a opção de responder em múltipla escolha, por ordem de importância, cada uma das avaliações.

Para 42% destes profissionais ouvidos pela pesquisa o faturamento foi o aspecto mais impactado nos negócios, enquanto para 36% o ponto mais crítico da crise foi organizacional e operacional. Para 11% o aspecto mais desafiador a ser superado no período foi o relacionamento com o cliente.

“Em um cenário repleto de excepcionalidades como foi o primeiro semestre de 2020 as perdas de faturamento acabam trazendo a necessidade de se reposicionar, o que implica investimentos e novas soluções do ponto de vista organizacional. A crise sanitária, por suas próprias características de isolamento, impactaram de forma abrupta o modelo de trabalho  que teve que se reposicionar de forma urgente”, afirma o sócio fundador da EXEC, Carlos Eduardo Altona.

Em contrapartida, a necessidade de investimentos no primeiro semestre para a viabilidade ou expansão dos negócios é apontada pelos 90 líderes de empresas ouvidas. Entre as principais áreas que receberam investimentos, 61% dos líderes indicam que suas empresas fizeram investimentos em tecnologia, enquanto 32% afirmam que tiveram que investir em gestão de pessoas, 24,5% indicaram investimentos em marketing, 22% na expansão de sua estrutura de comércio eletrônico, 22% em desenvolvimento e formação de profissionais e 13% em logística.

Os profissionais relataram, ainda, que em 30% de suas companhias se registrou retração acima de 10% no faturamento, enquanto 20% mencionaram regressão até 10%. Para 18% dos altos executivos participantes da pesquisa, em suas empresas houve estagnação nos resultados do período frente ao primeiro semestre de 2019. Para 28%, entretanto, se registrou crescimento acima dos 10% no comparativo com o ano passado.

Os processos de reorganização das equipes de trabalho no período mais crítico das políticas de isolamento social demandaram investimentos em tecnologia que não estavam previstos no orçamento para 29% das empresas, segundo os executivos que participaram deste levantamento, enquanto 65% afirmaram que suas empresas conseguiram se organizar sem dificuldades.

Em 85% dos relatos destes executivos foi mencionado a criação de comitê de crise para lidar com os efeitos da crise, sendo que em 66% dos casos o assunto foi conduzido pelos Conselhos de Administração ou Consultivos destas empresas, enquanto que 86% das companhias se viram obrigadas a inovar e rever suas estratégias para manter seus ganhos ou minimizar persas no período.

Para 30% das empresas houve a necessidade de substituição de profissionais no alto escalão para se tornarem mais competitivas diante de um cenário de grandes mudanças e adversidades, enquanto 70% das companhias não fizeram mudanças no primeiro semestre.

Em relação ao segundo semestre, 98% dos executivos afirmam que suas empresas demonstram interesse em contratações para novas posições ou substituição de profissionais no alto escalão. Entre os perfis mais desejados por estas empresas,  50% afirmaram priorizar habilidades comportamentais, 42% buscam profissionais com perfil mais digital, 29% afirmaram buscar executivos com perfis mais técnico 23% apontam ser necessário contratar executivos mais experientes, enquanto que para 10% os executivos com remuneração em níveis menores do que os atuais serão os mais demandados por suas companhias.

“A movimentação de executivos ficou estagnada entre Março e Abril, mas logo em Maio começamos a perceber os efeitos destes indicadores captados pela pesquisa, com substituição de profissionais e até mesmo busca por executivos preparados para novas funções criadas pelas empresas no contexto da pandemia”, explica Altona.

A sustentabilidade está no radar de 51% das empresas que pretendem contratar profissionais especializados no tema. Para 37%, não há no curto e médio prazo intenção de buscar especialistas na área.

Quando perguntados sobre quais os especialistas mais desejados por suas empresas considerando 3 das principais mudanças culturais nas organizações na última técnica, os executivos afirmaram o seguinte: 27% afirmam priorizar a busca por profissionais especializados ou com afinidade em diversidade, 22,5% consideram contratar profissionais especializados na transformação digital, enquanto 9% apontam a necessidade de líderes especialistas em meio ambiente.

“Diferentemente de outras crises, a atual ao invés de esfriar as políticas de inclusão nas empresas, acelerou os processos e as empresas passaram a incorporar de forma estruturada políticas de contratação voltadas para absorver talentos deste contexto de diversidade. E este é um fenômeno global, que vem sendo discutido por consultorias fora do Brasil também”, analisa.

Nos primeiros seis meses do ano não houve redução de salários em 69% das empresas cujos líderes do alto escalão participaram deste levantamento conduzido pela EXEC, enquanto 17% afirmaram ajustes que deflagaram planos de redução salarial entre 15% e 30%. Para 9% as reduções ficaram na casa dos 15%. 5,5% dos casos registram aumento de salário.

Entre as soluções em Recursos Humanos mais utilizadas pelas empresas no primeiro semestre, 65% dos profissionais apontaram o fortalecimento de cultura e valores da empresa, 60% investiram no desenvolvimento e formação de novas lideranças, 18% proporcionaram ferramentas de coaching para seus executivos do alto escalão, 17% das companhias investiram em programas de recrutamento e seleção de profissionais e 3,5% focaram investimentos na renovação ou estruturação de conselhos.

“Quando as empresas priorizam investimentos em cultura e identidade, como a pesquisa revelou, faz todo sentido que estejam focadas na formação e no desenvolvimento das lideranças atuais e de novas lideranças”, conclui Carlos Altona.


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