A pressão imposta pela sociedade para que as pessoas se enquadrem em um padrão de beleza ideal faz com que grande parte da população mantenha hábitos alimentares prejudiciais à saúde, como a redução extrema ou o consumo excessivo de determinados nutrientes.
Fatores psicológicos, como a
ansiedade e depressão, são alguns dos principais motivos que influenciam o
surgimento de distúrbios alimentares. Dados da Organização Mundial da Saúde
(OMS) apontam que cerca de 4,7% da população brasileira possui algum tipo de
transtorno alimentar. Entre os jovens, este número sobe para 10%.
De acordo com a psicóloga da
Clínica Penchel, Marena Petra, distúrbios alimentares geralmente estão
relacionados com períodos de transições, nos quais o corpo humano enfrenta
intensos processos hormonais. “As mudanças de comportamento, características do
período entre a adolescência e o começo da vida adulta, também afetam
drasticamente a alimentação”, destaca.
Segundo a nutróloga Fernanda
Chierici, as disfunções possuem diversas ramificações perigosas, como a
anorexia nervosa e a bulimia. “A anorexia, por exemplo, é extremamente maléfica
à saúde pois, o jejum, restrito de nutrição necessária, pode levar a
deficiências nutricionais generalizadas. Um dos sintomas que podemos observar
em mulheres é a inibição ciclo menstrual”, explica.
A bulimia nervosa, composta
por episódios recorrentes de compulsão alimentar seguidos de práticas
compensatórias, inflige danos semelhantes ao corpo. “Além dos vômitos forçados,
outros métodos purgatórios são também utilizados, como o uso de laxantes, diuréticos
e medicamentos, podendo colocar a saúde do indivíduo em risco agudo”, avalia
Fernanda Chierici.
A psicóloga destaca a
importância do diagnóstico precoce para a intervenção de qualquer distúrbio. “O
tratamento exige ações conjuntas entre psicólogos, psiquiatras e
nutricionistas, tendo em vista que o uso de medicamentos especializados, a
ingestão controlada de alimentos e a prática adequada de atividades físicas,
são primordiais. É importante ficar atento aos hábitos de pessoas próximas para
evitar que o transtorno evolua e leve ao óbito”, conclui.
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