Há risco de
aumento da desigualdade social e empobrecimento da estrutura produtiva. Veja
principais apontamentos do novo estudo da Análise Econômica Consultoria
Analisando a atual situação das contas públicas
brasileiras, é indispensável conter o avanço das despesas obrigatórias,
sobretudo daquelas cujo suposto retorno para a população é extremamente
duvidoso, como os chamados gastos tributários, benefícios fiscais e
financeiros-fiscais concedidos a empresas (cujo ganho para a sociedade é, na
maioria das vezes, desconhecido).
Essa é uma das conclusões da equipe de economistas
da Análise Econômica Consultoria (www.analiseeconomica.com.br). Veja
abaixo os principais apontamentos do novo estudo sobre contas
públicas. Caso queira conversar com os economistas da equipe, estamos à
disposição.
- O
Brasil iniciou 2020 com uma dívida bruta do governo geral (DGBB) em torno
de 75,8% do PIB e deve encerrar o ano com um percentual próximo aos 96% do
PIB;
- Apesar
da clara tendência de aumento da dívida pública líquida e bruta, os
movimentos foram amplamente suavizados pela entrada de recursos
extraordinários;
- Antes
mesmo da pandemia já havia uma tendência de aumento da dívida e a previsão
era de que um resultado primário positivo só seria possível a partir de
2026;
- Levando
em conta os efeitos da pandemia sobre as contas públicas, as estimativas
foram alteradas para um resultado positivo apenas na próxima década;
- Para
2021, o governo terá que trabalhar para entregar um programa melhor e
maior que o Programa Bolsa Família (PBF) e dizer de onde virão esses
recursos;
- Sem
o dinamismo da atividade econômica, o que se ganha ao aumentar tributos,
ou o que se deixa de “perder” quando diminuem despesas, é insuficiente
para criar uma solução mais duradoura para o problema fiscal brasileiro;
- A
emenda constitucional nº 95/2016 não mitigou os gastos com despesas
correntes, mas reduziu o volume de recursos que o Estado destina para
investimentos;
- É
indispensável conter o avanço das despesas obrigatórias, sobretudo aquelas
cujo chamado “retorno” para a população é extremamente duvidoso, como os
chamados gastos tributários, benefícios fiscais e financeiros-fiscais
concedidos a empresas cujo ganho para a sociedade é, na maioria das vezes,
desconhecido;
- Em
2019, os gastos tributários foram 443% maiores que os gastos da União com
investimentos. Lembrando que estamos falando apenas da esfera federal. Em
volume, trata-se do maior registro da série histórica, R$ 307,1 bilhões;
- Os
rombos fiscais deixados por cada nova crise exigirão mais e mais cortes de
despesas por parte do Estado, gerando um ciclo vicioso com alto potencial
de aumento da desigualdade social, empobrecimento da nossa estrutura
produtiva e impotência do Estado Brasileiro.
Análise Econômica Consultoria
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