Já se deparou com as chamadas "sardas brancas", isto é, manchas esbranquiçadas na pele? Muito se fala sobre as escuras, mais comuns, mas pouco se conhece sobre as sardas claras. Costuma aparecer nos braços e pernas, essa condição, que na verdade é uma Leucodermia Gutata, bastante frequente entre os brasileiros e muito confundida com vitiligo.
Isso porque essas manchas, assim como as sardas escuras, são um
resultado da exposição excessiva ao sol. O aspecto também é parecido: têm forma
arredondada e medem entre 2 e 5 mm de circunferência.
As "sardas brancas" não coçam, não doem e não são contagiosas.
São completamente benignas. No entanto, a pigmentação diferente faz com que
afete a uniformidade na cor da pele, e, às vezes, traz um aspecto envelhecido.
Por isso, pode causar insatisfações estéticas, principalmente porque ficam bem
expostas.
Prevenção
Para evitar que essas manchas apareçam ou se multipliquem, o ideal
é evitar excesso de luz solar, principalmente nos horários mais quentes, entre
10h e 16h.
Além disso, protetor solar é fundamental e deve ser usado e
reaplicado, se a exposição solar for prolongada, em toda parte do corpo que
ficar descoberta, não apenas no rosto. Roupa, cujo tecido oferece proteção
solar é uma forma eficaz de prevenção às sardas brancas.
Tipos de tratamento
Caso já tenha desenvolvido esse problema, o inverno é o melhor
período para tratar, pois as pessoas se expõem menos ao sol e estão mais
protegidas por roupas. Para recuperar a coloração da pele, são recomendados os
seguintes procedimentos: laser ablativo, crioterapia, dermabrasão e MMP
(Microinfusão de Medicamento na Pele).
Esses procedimentos visam a retirada da camada mais superficial da
pele lesada para estimular o processo cicatricial. O processo acontece a partir
de células sadias que vêm da periferia para o centro, e também de dentro para
fora. A MMP ainda permite a permeação cutânea de um medicamento que estimula a
pigmentação.
Recomendações
Todos esses tratamentos são indicados para todos os tipos de pele,
desde que o indivíduo não apresente problemas para uma boa cicatrização. A
escolha do método depende da experiência e preferência de cada profissional.
Quando bem realizado, apresenta bons resultados, pois a pele bem
cicatrizada apresenta melanócitos sadios e funcionantes, que produzem a
melanina, pigmento responsável por dar cor à pele.
Do pré ao pós
Para iniciar o tratamento, a pele deve estar limpa e sem
machucados, alergias ou infecções. A duração depende da resposta e da
quantidade de lesão de cada paciente, mas pode ser necessário de duas a quatro
sessões, com intervalo de um mês entre elas.
A sessão traz uma dor leve a moderada. Porém, quando se usa um
anestésico tópico previamente ao procedimento, o desconforto é muito bem
tolerado, já que o tratamento é extremamente rápido em cada lesão.
Durante o procedimento deve-se ter o cuidado com as áreas tratadas
como se fosse um pequeno machucado, mantendo a higiene local, passando uma
pomada cicatrizante e fazendo proteção com curativos até que a pele esteja
totalmente cicatrizada, o que leva cerca de uma a duas semanas. Deve-se também
evitar piscina, praia, sol, cutucar ou retirar a casquinha das lesões
precocemente.
Depois, como as "sardas brancas" são causadas pelo dano
cumulativo dos raios ultravioleta ao longo da vida, é importante manter o uso
regular de filtros solares e outras medidas de proteção, como roupas e
guarda-sol, para que não voltem a aparecer.
Dra.
Lilian Odo é dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, da
Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica e da Academia Americana de
Dermatologia. Fez especialização em Laser na Universidade de Hokkaido, Japão; e
de Cicatrização na Universidade de Boston, EUA. Atualmente, é convidada para
ministrar aulas em Congressos de âmbito Nacional e Internacional. http://clinicasodo.com.br/index.php/dra-lilian/
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