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Grande parte das pessoas que apresentam sintomas leves característicos da Covid-19, o novo coronavírus, pode cumprir rotina de cuidados em isolamento domiciliar, sem necessidade de internação.
Há muitas dúvidas sobre como lidar com essa experiência.
Não somente pela insegurança de se tratar de uma doença nova, ainda pouco
conhecida, mas também por conta do alto risco de contágio dos outros moradores
da casa.
Dessa forma, é sempre bom reforçar as medidas
corretas que devem ser adotadas nesse tipo de situação para uma melhor proteção
do paciente e de todos que fazem parte do seu convívio.
Casos que podem ser tratados em casa
Os sintomas clínicos da Covid-19 são principalmente
respiratórios e muito semelhantes aos de outras enfermidades já conhecidas.
Por isso, podem ser confundidos com uma gripe
comum, uma alergia, um mal-estar corriqueiro, entre outros, se não forem
confirmados por meio da realização do teste de
novo coronavírus.
Febre, tosse, dor de garganta, coriza, congestão
nasal, dor no corpo e, eventualmente, diarreia estão entre as manifestações
mais leves da doença.
Esse é o quadro possível de ser tratado em
isolamento domiciliar, que deve ser adotado já nos primeiros sintomas.
Os casos mais graves da Covid-19 costumam
apresentar persistência de febre, falta de ar, desconforto respiratório,
cansaço e lábios ou dedos arroxeados.
Com esses sinais, a orientação é buscar atendimento
médico imediato no serviço de saúde mais próximo.
Somente nas redes de saúde pública e particular -
como nos hospitais da Rede D'Or
São Luiz, é possível um especialista avaliar a necessidade de internação.
Alterações na rotina domiciliar
Com alguém sendo tratado em domicílio é necessário
fazer alterações importantes na rotina para evitar a contaminação dos outros
moradores.
Em uma situação ideal, deve-se deixar um quarto bem
ventilado e um banheiro para serem usados exclusivamente pelo paciente durante
o período de isolamento, limitando sua circulação a esses cômodos da casa.
Com dependências individuais, as medidas de
segurança contra a contaminação são mais fáceis de serem administradas.
No entanto, na maioria das vezes não é possível
contar com esse suporte, então, é preciso intensificar os cuidados nas áreas
compartilhadas.
Ao dividir um quarto, o paciente deve ocupar cama
separada, mantendo ao menos um metro de distância das outras pessoas.
O banheiro comum deve ser desinfetado todas as vezes
que o paciente utilizá-lo: pia, vaso sanitário, maçanetas, torneiras e outras
superfícies necessárias, além de ser lavado ao menos uma vez ao dia.
Roupa de cama, toalhas de rosto e banho, talher,
copo, prato e objetos pessoais (vestimentas, escova de dente, cigarro, etc) do
paciente devem ser separados.
A troca e a lavagem do que não for descartável
devem ser feitas com frequência. Quando sujos, os utensílios devem ser
acondicionados em sacos específicos e fechados, bem como os resíduos que
precisarem ser descartados.
Outra condição fundamental é designar uma pessoa
específica para realizar os cuidados do paciente, preferencialmente alguém que
usufrua de boa saúde e não esteja entre os mais vulneráveis à doença.
Visitas devem ser proibidas até que o paciente se
recupere completamente.
Nos momentos de alimentação, medicação, limpeza ou
outras necessidades, somente o cuidador deve atuar no trato com o doente.
A todo o momento deve-se evitar contato com
secreções orais ou respiratórias e fezes do paciente, adotando, para isso, o
uso e a troca constante de máscaras, junto com a prática frequente de
higienização das mãos e do ambiente.
Nesse processo, utilize água e sabão, água
sanitária, álcool em gel e, se possível, luvas.
Tratamento e medicação indicados
Apesar das pesquisas que estão em desenvolvimento
em todo o mundo, ainda não há confirmação de uma medicação específica capaz de
curar pessoas da Covid-19.
O tratamento indicado aos pacientes em isolamento
domiciliar é repouso, hidratação intensa e uso de antitérmicos e analgésicos
para aliviar dor e febre.
Duração da quarentena
O tempo considerado para os casos em isolamento
domiciliar é de 14 dias de monitoramento.
Depois desse período, se febre e sintomas
respiratórios do novo coronavírus
desaparecerem, é possível retornar à rotina normal.
Importante lembrar que as pessoas que tiverem
contato com pacientes devem estar atentos à ocorrência de eventuais sinais e
sintomas e, se for o caso, da mesma maneira, buscar avaliação médica.
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