O diabetes é uma
doença crônica que afeta cerca de 17 milhões de pessoas em todo o Brasil, e tem
forte relação com o excesso de peso e a má alimentação. Com a disseminação do
novo coronavírus no país, que já passa dos 2.7 milhões de casos, a
Nutricionista Silvia Ramos, do Conselho Regional de Nutricionistas da 3ª Região
SP-MS (CRN-3) alerta que o descontrole da glicemia é um fator de risco para o
desenvolvimento da COVID-19 e que é importante reforçar os cuidados para
melhorar a imunidade e o controle das taxas.
"É importante reforçar os comportamentos de
autocuidado, como vigiar a taxa glicêmica e comer de forma saudável. Esses
métodos são essenciais para que as pessoas façam a gestão do próprio cuidado,
mantendo os níveis dentro da normalidade e, assim, estejam um pouco mais
protegidas", ressalta.
Silvia é nutricionista,
tem doutorado em cardiologia e atual coordenadora do departamento de nutrição
da Sociedade Brasileira de Diabetes. Tem ampla experiência no atendimento de
pacientes com a doença em diferentes idades e tipos (diabetes tipo1, tipo 2 e
gestacional). Para ela, "manter a alimentação variada e colorida,
fracionar as refeições ao longo do dia, se hidratar, fazer alguma atividade
física (dentro das possibilidades) e manter o sono adequado são fundamentais
para auxiliar no controle do diabetes".
A conselheira do CRN-3
também destaca alguns alimentos que podem ajudar as pessoas com diabetes a
manterem uma alimentação balanceada. "Alguns nutrientes têm papel
importante no fortalecimento do sistema imunológico, como a vitamina C presente
nas frutas cítricas, o ferro presente nas carnes e vegetais de cor verde-escura
e as vitaminas do complexo B presentes em cereais. O selênio também é um
mineral essencial, pois ajuda a combater os radicais livres, e uma das fontes é
a castanha-do-pará. Além disso, alimentos que contenham zinco, magnésio e
cromo, auxiliam no controle da glicemia".
Vale lembrar que a
alimentação saudável por si só não garante total proteção, mas tem um conjunto
de alimentos com nutrientes que podem auxiliar na imunidade. Porém, se as
pessoas estiverem com as taxas fora de controle, elas estarão propensas a
complicações advindas da COVID-19, caso haja infecção.
"Os pacientes que
estão fora das metas glicêmicas ou que já apresentam outras complicações do
diabetes têm maior risco de desenvolver formas mais graves da COVID-19, isso
porque a hiperglicemia causa uma inflamação sistêmica que deixa o sistema
imunológico mais frágil", enfatiza a Nutricionista Silvia Ramos.
É importante lembrar
que pessoas com diabetes, se estiverem com mau controle, com os níveis de
hemoglobina muito altos (acima de oito e nove), considerando um padrão
controlada a taxa de 7%, acabam se tornando suscetíveis a várias infecções, não
só ao novo coronavírus.
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