Dr.ª
Carla Patrícia da Silva e Prado, docente da Faculdade São Leopoldo Mandic,
comenta sobre importância de controlar o índice e manter hábitos saudáveis de
saúde
De
acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares
são a principal causa de morte no mundo. Em 2017 foram registrados 17,79
milhões de mortes por doenças cardiovasculares, correspondendo a 31,8% do total
de mortes.
"O colesterol é
importante para várias funções orgânicas, como produção de hormônios e
funcionamento das células. Ele pode ser dividido em várias frações, dependendo
de sua composição. A fração conhecida como "colesterol ruim",
LDL-colesterol (Low density lipoprotein), quando em excesso, se deposita nas
artérias de todo o corpo, formando placas de gordura, chamadas aterosclerose que,
ao longo do tempo, podem obstruir a passagem de sangue para os órgãos, afirma a
coordenadora da disciplina de Cardiologia da Faculdade São Leopoldo Mandic,
Prof.ª Dr.ª Carla Patrícia da Silva e Prado.
A aterosclerose pode
limitar o fluxo sanguíneo a qualquer órgão. Os órgãos comumente afetados e que
podem levar a morte ou limitações sérias a qualidade de vida são o coração,
cérebro e vasos sanguíneos periféricos. "Quando a obstrução se dá no
coração, pode provocar o infarto do miocárdio, e quando acontece no cérebro,
pode provocar o acidente vascular cerebral, conhecido como derrame", diz
Dr.ª Carla.
No Brasil, o índice
elevado de colesterol - superior a 200 mg/dL - é mais prevalente em mulheres
(35,1%), nos indivíduos com mais de 45 anos e com menor escolaridade, dados da
pesquisa realizada pelo IBGE em parceria com o Ministério da Saúde em 2019. O
estudo ainda destacou que das pessoas analisadas, apenas 12,5% afirmaram saber
que seu colesterol era elevado e somente 14% já havia realizado dosagem do seu
perfil lipídico.
"O motivo para a
alta prevalência dos níveis elevados do colesterol é variado. Acredita-se que,
desde a era industrial, com a urbanização da população houve modificação
relevante dos hábitos alimentares, com diminuição da ingesta de alimentos in
natura aliado ao consumo excessivo de alimentos processados e
ultraprocessados. Soma-se ao fator alimentar, o desenvolvimento tecnológico
acelerado nas últimas décadas, contribuindo ao sedentarismo e ao ganho do peso.
A obesidade atualmente é considerada epidêmica e está relacionada diretamente a
dislipidemia", salienta a Dr.ª Carla.
De acordo com a
especialista da Faculdade São Leopoldo Mandic, o nível elevado de colesterol
pode ter diversas origens como: alimentação inadequada, obesidade,
sedentarismo, consumo elevado de bebidas alcoólicas, outras doenças associadas,
genética etc. Segundo a médica, a recomendação é manter hábitos de vida
saudável, uma alimentação livre de produtos ultraprocessados, baixo consumo de
alimentos processados e pobre em gordura saturada. Além disso, deve ser
limitado o consumo de bebidas alcoólicas, abandonar o cigarro, praticar
atividade física regular e manter o peso ideal. "Em alguns casos, após
avaliação médica, dependendo do perfil de risco individual, pode ser indicado
uso de medicamentos redutores do colesterol", finaliza.
São Leopoldo Mandic
slmandic.edu.br ; facebook.com/ saoleopoldomandic
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