Para a psicologia o medo é um estado emotivo induzido pela consciência
motivado por um senso de perigo que gera um estado de temor e ansiedade
irracional.
Esse sentimento quando frequente pode suscitar em quadros prejudiciais
para a saúde física e mental, impedindo que um indivíduo realize simples
atividades diárias e cotidianas.
Em longo prazo, pode desencadear quadros mais complexos de distúrbios de
ansiedade, depressão e síndrome do pânico.
Além de situações de risco, o medo pode surgir da incerteza e falta de
confiança no amanhã, caracterizado principalmente pela chegada do desconhecido
e de mudanças que podem ser consideradas tanto para o bem quanto para o mal.
Poderíamos citar inúmeros casos como medo de mudanças sociais, perdas
financeiras e de relacionamentos, com relação à saúde, entre outros como o da
incompreensão.
A raiz desse sentimento, segundo o filósofo israelense Gad Adler, provém
do medo que o homem nutre pela morte. Ele afirma que desde pequeno somos
condicionados a manter um senso de preservação da vida instintivo, assim como
os animais.
O desenvolvedor do Projeto A Melhor Maneira, em seus estudos filosóficos
defende a ideia de que o medo é um mecanismo de defesa da vida, porém ele deve
ser um agente propulsor da coragem.
Ele exemplifica que tudo é uma questão de visão subjetiva, através de
uma situação recorrente nas quais duas pessoas possam caminhar pelas ruas à
noite, um indivíduo em um bairro seguro, porém tem medo de sofre algum tipo
violência e o outro por locais perigosos, porém nada teme.
Ele recomenda a importância de ter em mente sempre que essa emoção se
trata apenas de um estado mental e ela pode ser transformada e manipulada a seu
favor a qualquer momento.
Em períodos pandêmicos, de crises na economia e transformações nos
hábitos cotidianos é normal que tenhamos medo por se tratar de uma situação
atípica que depende muito mais de fatores externos, do que da nossa atitude.
O imprevisível, também serve como uma lição para praticarmos o exercício
do soltar e nos recorda de que não podemos ter o controle de todas as
situações, mas que podemos enfrenta-las utilizando como ferramenta outros meios
de expressão como a cultura e arte.
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