O estudo contribui para uma melhor compreensão de
como a assimetria facial evolui com o tempo e de como os dados podem melhorar
os resultados das cirurgias reconstrutiva e estética
A
assimetria entre os dois lados da face aumenta constantemente com o
envelhecimento. Esta é uma descoberta com implicações importantes para o
rejuvenescimento facial e para os procedimentos reconstrutivos, relata um estudo publicado
no Plastic and Reconstructive Surgery, jornal oficial da Sociedade
Americana de Cirurgiões Plásticos ( ASPS).
“As
técnicas tridimensionais de imagem digital mostram um aumento sutil, porém
significativo, da assimetria facial relacionada ao envelhecimento,
especialmente nos dois terços inferiores da face, de acordo com a nova pesquisa
realizada. A correlação observada pelos autores do estudo entre o aumento da
assimetria facial e a idade pode ser útil como um guia em cirurgia plástica
para produzir características correspondentes à idade”, afirma o
cirurgião plástico Ruben Penteado, diretor do Centro de Medicina Integrada.
Aumento constante da assimetria facial
Usando
uma técnica chamada fotogrametria 3D, os pesquisadores realizaram varreduras
detalhadas da superfície facial em 191 voluntários, com idades variando de
quatro meses a 88 anos. Os pesquisadores então calcularam o "desvio médio
quadrático da raiz" (RMSD) para quantificar o grau de assimetria entre os
dois lados de cada face.
Essa
abordagem de imagem digital permitiu que os pesquisadores distinguissem níveis
muito sutis de assimetria - dentro de uma fração de milímetro. A assimetria
facial foi analisada em termos de idade e entre os terços superior, médio e
inferior da face. Entre as faixas etárias, os cálculos RMSD de simetria facial
agruparam-se entre 0,4 e 1,3 mm.
“Foi
encontrada uma correlação positiva altamente significativa entre o aumento da
idade e da assimetria facial. As medidas mostraram um aumento pequeno, mas
previsível no RMSD: 0,06 mm para cada década de vida. A assimetria facial não
variou significativamente com base na raça ou sexo”, explica Ruben Penteado,
que é membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
A
assimetria aumentou com o envelhecimento em todos os terços da face, mas as
alterações foram maiores nos dois terços inferiores - das sobrancelhas ao nariz
e do nariz ao queixo - em comparação ao terço superior. Essa descoberta sugere
que os terços médios e inferiores contribuem mais para a assimetria geral ao
longo do tempo.
“Embora
um certo grau de assimetria seja atraente e inerente ao rosto humano, alcançar
a simetria facial é um objetivo fundamental da cirurgia plástica. Em termos de
precisão e exatidão, a fotogrametria 3D é um grande avanço em relação aos
estudos anteriores de assimetria facial usando medidas diretas
(antropometria)”, diz o médico.
Os
resultados confirmam a presença de aumentos pequenos, mas mensuráveis e perceptíveis, na assimetria facial com o envelhecimento.
Embora o mecanismo subjacente a essas mudanças relacionadas à idade permaneça
aberto ao debate, os resultados apoiam uma abordagem específica do local para o
rejuvenescimento facial. “O uso de implantes ou volumizadores de tecidos moles
para substituir as estruturas de suporte profundas pode melhorar a assimetria
facial e restaurar proporções jovens, especialmente das sobrancelhas ao queixo”,
explica o médico.
Site:
www.medintegrada.com.br
Canal
de vídeos: https://www.youtube.com/user/Medintegrada
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