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sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Assimetria facial aumenta com a idade


 O estudo contribui para uma melhor compreensão de como a assimetria facial evolui com o tempo e de como os dados podem melhorar os resultados das cirurgias reconstrutiva e estética


A assimetria entre os dois lados da face aumenta constantemente com o envelhecimento. Esta é uma descoberta com implicações importantes para o rejuvenescimento facial e para os procedimentos reconstrutivos, relata um estudo publicado no Plastic and Reconstructive Surgery, jornal oficial da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos ( ASPS).

“As técnicas tridimensionais de imagem digital mostram um aumento sutil, porém significativo, da assimetria facial relacionada ao envelhecimento, especialmente nos dois terços inferiores da face, de acordo com a nova pesquisa realizada. A correlação observada pelos autores do estudo entre o aumento da assimetria facial e a idade pode ser útil como um guia em cirurgia plástica para produzir características correspondentes à idade”, afirma o  cirurgião plástico Ruben Penteado, diretor do Centro de Medicina Integrada.


Aumento constante da assimetria facial

Usando uma técnica chamada fotogrametria 3D, os pesquisadores realizaram varreduras detalhadas da superfície facial em 191 voluntários, com idades variando de quatro meses a 88 anos. Os pesquisadores então calcularam o "desvio médio quadrático da raiz" (RMSD) para quantificar o grau de assimetria entre os dois lados de cada face.

Essa abordagem de imagem digital permitiu que os pesquisadores distinguissem níveis muito sutis de assimetria - dentro de uma fração de milímetro. A assimetria facial foi analisada em termos de idade e entre os terços superior, médio e inferior da face. Entre as faixas etárias, os cálculos RMSD de simetria facial agruparam-se entre 0,4 e 1,3 mm.

“Foi encontrada uma correlação positiva altamente significativa entre o aumento da idade e da assimetria facial. As medidas mostraram um aumento pequeno, mas previsível no RMSD: 0,06 mm para cada década de vida. A assimetria facial não variou significativamente com base na raça ou sexo”, explica Ruben Penteado, que é membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

A assimetria aumentou com o envelhecimento em todos os terços da face, mas as alterações foram maiores nos dois terços inferiores - das sobrancelhas ao nariz e do nariz ao queixo - em comparação ao terço superior. Essa descoberta sugere que os terços médios e inferiores contribuem mais para a assimetria geral ao longo do tempo.

“Embora um certo grau de assimetria seja atraente e inerente ao rosto humano, alcançar a simetria facial é um objetivo fundamental da cirurgia plástica. Em termos de precisão e exatidão, a fotogrametria 3D é um grande avanço em relação aos estudos anteriores de assimetria facial usando medidas diretas (antropometria)”, diz o médico.

Os resultados confirmam a presença de aumentos pequenos, mas mensuráveis ​​e perceptíveis, na assimetria facial com o envelhecimento. Embora o mecanismo subjacente a essas mudanças relacionadas à idade permaneça aberto ao debate, os resultados apoiam uma abordagem específica do local para o rejuvenescimento facial. “O uso de implantes ou volumizadores de tecidos moles para substituir as estruturas de suporte profundas pode melhorar a assimetria facial e restaurar proporções jovens, especialmente  das sobrancelhas ao queixo”, explica o médico.







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