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segunda-feira, 23 de julho de 2018

Mal de Alzheimer atinge mais de 1 milhão de brasileiros


Perda de memória recente, desorientação e alterações de humor são sintomas da doença

A Associação Brasileira de Alzheimer estima que 1,2 milhão de pessoas sofrem do Mal de Alzheimer, doença neurodegenerativa que provoca progressiva deterioração das funções cerebrais. A perda de memória, da linguagem e da razão fazem com que o doente seja incapaz de cuidar de si mesmo.

O geriatra e cardiologista Neif Musse diz que ainda não se sabe o que causa o Alzheimer e nem foi descoberta uma cura, mas as estatísticas mostram que enfermidade pode surgir a partir dos 50 anos, embora tenha maior incidência em idosos. “Devido ao envelhecimento da população, o número de pacientes com esse tipo de demência pode dobrar dentro de 12 anos e triplicar até 2050, segundo as estimativas”, alerta o médico.
Os primeiros sinais do Alzheimer são a perda de memória e de orientação no tempo e espaço. Segundo o geriatra, esquecimentos esporádicos, como não lembrar o nome de um conhecido ou onde colocou as chaves do carro são normais em qualquer idade. “O problema é quando a pessoa não se lembra de uma conversa que teve há poucos minutos ou como fazer coisas simples, como um chá ou café, que preparou a vida inteira”, detalha Musse.

Mudança de humor, depressão, irritabilidade e resistência a sair da rotina  também são sintomas frequentes em pacientes com Alzheimer. “Na verdade, o paciente nota que algo está errado, não sabe lidar com isso, e vai se fechando. Por isso, é importante estimular o convívio social do idoso, a alimentação saudável e a prática de atividades físicas, fatores que reduzem o risco de surgimento da doença”, recomenda Neif Musse.

Ao perceber mudanças de comportamento e humor, notar a perda de habilidades domésticas ou de interesses por hobbies, além de desorientação e falhas na memória e linguagem, procure um médico para a realização de um diagnóstico preciso. Embora o Alzheimer não tenha cura, existem muitas atitudes que podem ser tomadas para retardar a perda das funções cognitivas. Quanto antes o tratamento for iniciado, melhor.





DR. NEIF MUSSE - Formado em Medicina pela Universidade Federal de Juiz de Fora, e mestre pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Neif Sathler Musse completou 33 anos de profissão em 2017. Com especialização em cardiologia e geriatria e gerontologia, tem forte vivência em docência médica, sendo criador da "Escola de Aperfeiçoamento Médico" e de um método diferenciado para o ensino de eletrocardiografia, que já capacitou mais de 15 mil profissionais de Saúde no Brasil, a maioria deles nas áreas de cardiologia, medicina intensiva, anestesiologia e clínica médica. O médico ainda divide o tempo com a produção de livros. Publicou "Casco vazio de ser humano - Crônicas sobre a morte" e se prepara para mais dois lançamentos: "Estou infartando. E agora?" e "O Pacto do futuro médico".

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