Amigdalite é uma inflamação e/ou infecção das amígdalas,
que são duas estruturas arredondadas que ficam na garganta, podendo ser
visualizadas à abertura da boca. Constitui nossa primeira linha de defesa
contra os micro-organismos.
A amigdalite é mais frequente em crianças, podendo também
acometer adultos. Na criança, quando de repetição pode acarretar perda de peso,
alteração do desenvolvimento, bem como efeitos indesejáveis decorrente do uso
frequente de antibióticos.
Pode ser classificada:
Quanto o agente causador em:
Amigdalite viral – causada por vírus. É o tipo mais
comum.
Amigdalite bacteriana –
causada por bactéria. A bactéria mais comum Streptococcus pyogenes, mais
conhecida como estreptococo do grupo A. Está também relacionada à febre
reumática, podendo levar a problemas nas articulações e coração. A prevenção é
realizada com uso de penicilina e derivados, devendo-se realizar na suspeita
exames especializados bem como avaliação pelo otorrino e reumatologista
Quanto ao tempo
Aguda: Pode durar até duas semanas.
Crônica: dor de garganta crônica, mau hálito e nódulos
cervicais persistentes. Podendo haver eliminação de massas brancas
malcheirosas chamadas Caseo, que são restos de alimentos que permanecem em
orifícios das amígdalas, devendo ser retiradas.
Recorrente: 7 episódios em 1 ano, 5 episódios por ano em
2 anos consecutivos ou 3 episódios por ano em 3 anos consecutivos.
Outro tipo de doença amigdaliana muito importante é o seu
aumento, ou seja, hiperplasia amigdaliana que promove roncos, apneia obstrutiva
do sono, respiração oral com a boca aberta ,disfagia, voz hiper nasal. Com
repercussões na vida, sobretudo em crianças e que nesse caso tem indicação
cirúrgica.
Sintomas da amigdalite
Dor de cabeça
Dor/ dificuldade para engolir
Febre
Mal estar
Falta de apetite
Rouquidão da voz
Dificuldade para dormir
Mau hálito
No exame físico observa-se:
Pus nas amígdalas (pontos brancos)
Áreas enegrecidas
Amígdalas inchadas e vermelhas
Prevenção
A amigdalite é contagiosa, transmitida através de
gotículas de saliva presentes na tosse ou nos espirros. Sendo assim, a maneira
mais adequada de evitar o contágio e preveni-lá é:
Tossir sempre com um lenço na boca;
Lavar muito as mãos, inclusive quando tiver contato com
objetos públicos;
Não compartilhar toalhas, pratos ou talheres, por
exemplo.
No caso de amigdalite é muito importante:
– Beber bastante líquido
– Repouso
– Boa alimentação
– Procurar o otorrinolaringologista, sobretudo se o
tratamento inicial não for bem sucedido e no caso de amigdalites recorrentes,
hiperplasia com obstrução nasal, roncos e respiração oral.
Vale lembrar que…
A amigdalite aguda pode evoluir para abscesso
periamigdaliano, neste caso a dor e dificuldade para engolir são intensas e há
dificuldade de abertura da boca (Trismo), neste caso deve-se procurar
imediatamente o otorrinolaringologista para tratamento mais intenso que
compreende drenagem podendo necessitar de internação hospitalar e medicação
endovenosa.
Importante um tratamento adequado para evitar
complicações e recidivas e após o uso de antibióticos sempre repor a flora
intestinal com lactobacilus e bifidobactérias através de leite fermentado ou de
medicação própria encontrada nas farmácias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário